Em um cenário global que busca cada vez mais fontes de energia mais limpas e sustentáveis, a cogeração de energia é uma solução eficaz para diversificação da matriz energética e a redução da emissão dos gases de efeito estufa, destacou o diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, em sua participação no VII Fórum Cogen – Cogeração e Geração Distribuída, evento realizado em São Paulo, no dia 20 de setembro, pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen).
Feitosa disse sempre observar que a transição energética no Brasil começou na década dos anos 1970, quando, em um contexto de crise internacional do preço de petróleo, o país tomou uma decisão de desenvolver a indústria do etanol, e se acentuou com a crise de geração elétrica em 2001.
LEIA MAIS > Safra do Centro-Sul deve ser maior do que o previsto
“Não dependemos mais apenas da hidroeletricidade como aconteceu em 2001. Hoje nós temos um parque de geração muito diversificado e que se diversificará mais ainda nos próximos anos”, afirmou o diretor-geral da Aneel, acrescentando que a cogeração aumenta mais ainda a eficiência do sistema e contribui para a segurança do fornecimento de energia elétrica.
Feitosa disse ainda que, quando assumiu uma cadeira na Aneel, ficou impressionado, ao visitar a Fenasucro 2018, com todos os potenciais da indústria sucroenergética, inclusive o aproveitamento de subprodutos como a vinhaça e a torta de filtro.
“Fiquei realmente espantado como se aproveita praticamente tudo da cana-de-açúcar“, acrescentando que nesse contexto a biomassa e o biogás surgem como recursos valiosos para a geração de energia limpa.
LEIA MAIS > Setor sucroenergético amplia em 7% oferta de energia elétrica
O diretor-geral da agência reguladora ressaltou ainda as novas rotas tecnológicas em avaliação na Aneel. “Estamos testemunhando avanços significativos na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias que prometem tornar a bioenergia ainda mais competitiva e sustentável“, assinalou.
A Aneel, disse ele, vem publicando vários trabalhos como o Atlas de Bioenergia do Estado de São Paulo desenvolvimento de biodigestores. “Recentemente, na aprovação do plano estratégico quinquenal de inovação, a Aneel elegeu um dos temas estratégicos de energias renováveis, meio ambiente e mudanças climáticas, o que se alinha com a pesquisa e o desenvolvimento de novas rotas tecnológicas da bioenergia no Brasil.”