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Cocamar e Cocal oficializam parceria para reforma de lavouras de cana

Serão 5,1 mil hectares a serem reformados

Foto: Divulgação

Cocamar, cooperativa agroindustrial paranaense, e a Usina Cocal, por meio de sua unidade de Narandiba (SP), oficializaram parceria inédita.

Primeiramente, essa parceria foi oficializada em 01/08/19.

O que prevê essa parceria?

Prevê que a cooperativa vai administrar a produção de soja na safra de verão 2019/20.

E também conduzirá programa de reforma de 5,1 mil hectares de áreas de canaviais no entorno da usina.

Todavia, o cultivo de soja será conduzido por 20 produtores selecionados pela cooperativa.

Ela irá fornecer os insumos, prestar orientação técnica personalizada durante todo o ciclo da cultura e receber a safra nas suas unidades em Iepê e Cruzália (SP).

De acordo com o vice-presidente da cooperativa, José Cícero Aderaldo, a parceria é uma oportunidade para o aumento de plantio de soja.

E prossegue: permite a expansão dos negócios da cooperativa na região.

E, ainda, para produtores cooperados e familiares que precisam ampliar suas áreas.

Crescerá nos próximos anos

“Nosso foco também, como organização cooperativista, é contribuir para o desenvolvimento regional”, disse Aderaldo.

Em resumo, ele diz que o projeto será bem-sucedido e vai crescer nos próximos anos.

Por sua vez, o diretor-superintendente do grupo Cocal, Paulo Adalberto Zanetti, lembrou que as tratativas com a Cocamar começaram após visita do gerente de negócios da cooperativa, Marco Antonio de Paula.

“Percebemos que havia sinergia entre as partes e avançamos para a estruturação do projeto”, relata.

Ele afirmou estar na expectativa de que a parceria seja duradoura.

E ressalta que a usina, especializada no plantio de cana, preferiu confiar o cultivo de soja para quem tem expertise no assunto.

Outra vantagem, segundo Zanetti, é que a Cocal, em vez de lidar com cada produtor de soja, estará tratando apenas com a Cocamar, responsável pelo arrendamento.

A cooperativa designou para isso o engenheiro agrônomo César Gesualdo, coordenador de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

Meiosi e rotação de culturas

Do total de área arrendada, 4,1 mil hectares terão uso de meiosi (Método Interrotacional Ocorrendo Simultaneamente).

O método permite acelerar a adoção de novas variedades mais produtivas e modernas, resultando em aumento de produtividade.

Gesualdo explica que foi efetuado o plantio de milheto em áreas de meiosi, para proteção do solo com palha, o que será dessecado quando completar 60 dias.

Os mil hectares restantes vão ser cultivados com plantio direto em palha de cana.

Segundo o diretor agrícola da Cocal, Gilson Christofoli, dentro do sistema de meiosi é possível intercalar lavouras de interesses econômico e agronômico como a soja.

Outrossim, isso reduz os custos de implantação do canavial e melhorando a produtividade por meio da rotação de cultura com o uso de uma leguminosa.

Além disso, o sistema protege o solo contra erosão no período de renovação do canavial.

Arrendatários

Os produtores arrendatários representam sete municípios dos estados de São Paulo e do Paraná.

Os irmãos Wanderlei e Waldenir Simeão Machado plantam 484 hectares na região de Assis (SP), onde são assistidos pela unidade da cooperativa em Cruzália.

Enfim, eles arrendaram 217,8 hectares das terras da Cocal e se dizem animados.

“É uma oportunidade que não poderíamos deixar passar”, comentou Wanderlei, mencionando que eles já têm experiência com arrendamento.

Finalmente, outro arrendatário é Aganmenon Paduan, de Centenário do Sul (PR), onde cultiva 309,7 hectares.

“Peguei 70 alqueires [169,4 hectares], que ficam a 100 km de distância de minha cidade, ou seja, é relativamente perto e vale a pena”, citou.

Com conteúdo do Informe Paraná Cooperativo

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