Dirigentes da cooperativa bioenergética de canavieiros brasileiros de PE (Coaf), com parceria da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB-PE) e da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), estão, desde ontem (18), em Santa Cruz na Bolívia, estado do país vizinho onde concentra as suas principais usinas, a exemplo da Aguaí, San Aurélio, La Bélgica e Unagro e da Guabirá, está última com 65 anos em atividade e responsável por quase a metade de todo açúcar produzido naquele país.
A Guabirá também produz energia elétrica, álcool e derivados, levedura seca, rum, ração para bovinos, bagaço hidrolisado e biofertilizante. Em 2018, ano em que a unidade se tornou fabricante de biocombustível, já estava favorecendo mais de 1,5 mil cultivadores de cana da região.
Anos antes, a sua produção anual de açúcar já totalizava 3,5 milhões de toneladas, representando 40% da demanda nacional. Ademais, foi a primeira planta de biomassa a fornecer energia para a Bolívia, gerando, por exemplo, 1% da procura total da rede para a cidade de Montero.
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“Estamos aqui em busca de parceria e intercooperação com essa gigante bioenergética, a começar pela troca de expertise. A Guabirá, assim como nós da Coaf, favorece os fornecedores de cana da região envolvidos nas atividades”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da cooperativa de PE, ao lado do presidente da entidade canavieira do Brasil (Feplana), Paulo Leal, presente na comitiva junto aos demais líderes.
Leal destaca que a experiência está sendo muito produtiva para o setor canavieiro e sobre o cooperativismo. A comitiva da Coaf e Feplana está sendo recepcionada pelo agrônomo pernambucano Hugo Cavalcante, que atua no segmento bioenergético no estado boliviano de Santa Cruz. Ele é natural de Vicência, mesma cidade natal do presidente da Coaf. E será o anfitrião do grupo até domingo (22).