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CNA defende R$ 44 bilhões para financiar toda a safra agrícola

Apesar do governo federal ter anunciado a liberação de R$ 32,5 bilhões para o Plano Agrícola e Pecuário 2003/2004, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) considera os recursos insuficientes para atender a demanda total do setor. Uma projeção da confederação,entregue ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, considera necessários R$ 44 bilhões para financiar toda a safra.

A entidade, no entanto, não deixa de reconhecer que foram positivos os ajustes nos limites de financiamento de diversas linhas de crédito. Para a lavoura de milho, por exemplo, subiu de R$ 250 mil para R$ 400 mil por produtor.

Pelas projeções da CNA, a ampliação do volume de crédito e a elevação dos limites de financiamento teriam o poder de elevar a produção primária. Existe ainda a expectativa de que o governo deixe de lastrear o estoque das dívidas rurais com os recursos da exigibilidade bancária. Isto permitiria alocar um volume maior de verbas para novas operações de crédito.

Dívidas do Programa Especial de Saneamento Agrícola (Pesa) e da securitização estão lastreadas na exigibilidade. A mudança, de acordo com a CNA, proporcionaria injeção entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões no crédito agrícola.

A Comissão Nacional de Crédito Rural da CNA considera importante a reformulação no mecanismo de operação da Cédula do Produtor Rural, para atender melhor às necessidades dos produtores, sem priorizar as instituições financeiras.

No setor sucroalcooleiro, a principal preocupação está no Nordeste, onde há dois anos o governo não repassa para as usinas e destilarias a taxa da equalização (conhecida como subsídio da cana). O valor corresponde à produção de um ano das unidades sucroalcooleiras, e a equalização representa a diferença do custo para se produzir uma tonelada de cana no Nordeste, em comparação com o Centro-Sul, e o Ministério da Agricultura admite um valor de R$ 5,07 por tonelada, apesar dos empresários do setor falarem em R$ 9,00.

Para o presidente do Sindaçúcar/AL (Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool em Alagoas), Pedro Robério Nogueira, o programa de equalização é fundamental para manter a indústria sucroalcooleira do Nordeste competitiva, gerando empregos e desenvolvimento na região do País. Já em sua criação em setembro de 1998, o Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool, justificou a taxa de equalização pela “necessidade da adoção de medidas de apoio ao plantador de cana, de modo a garantir o funcionamento da agroindústria canavieira regional (Nordeste), responsável pela manutenção de cerca de 350 mil empregos agrícolas (na época)”. (Fonte: Agência Brasil)

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