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CMAA entra no time das gigantes de moagem de cana de Minas Gerias

Companhia Mineira de Açúcar e Álcool terá capacidade para 10 milhões de toneladas

A Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) entra no grupo das players do setor sucroenergético de Minas Gerais.

A partir de 2021, a capacidade de moagem de cana-de-açúcar da empresa chega a 10 milhões de toneladas por safra.
A capacitada projetada pela CMAA inclui as operações da Canápolis, localizada em Canápolis (MG), prevista para moer a partir da safra 2020/21.
Assim como a Canápolis, as demais duas unidades produtoras da empresa – a Vale do Tijuco, em Uberaba, e a Vale do Pontal, em Limoeiro do Oeste – estão localizadas em Minas Gerais.

A capacidade de moagem de 10 milhões de toneladas deixa a CMAA no patamar da Delta Bioenergia, que também controla três unidades em Minas, e da Usina Coruripe, controladora de quatro unidades no estado.

À frente da empresa

Até a abertura da Canápolis, entretanto, a CMAA vivencia uma gestão que exige planejamento e acertos. À frente está dessa gestão está o administrador de empresas Carlos Eduardo Turchetto Santos.
Presidente da CMAA, Turchetto é filho do empresário José Francisco dos Santos, presidente da holding JF Citrus, controladora de 50% da empresa sucroenergética.
Os demais 50% pertencem à IndoFood, joint-venture da Indonésia.

Como estão os preparativos para a Usina Canápolis?

Carlos Eduardo Turchetto Santos – A unidade entra em safra no ano que vem. Estamos plantando 8 mil hectares e fazendo toda a remodelação do parque industrial.

Qual a previsão de moagem da Canápolis em sua retomada em 2020?

Carlos Eduardo Turchetto Santos – Entre 900 mil toneladas de cana-de-açúcar a 1 milhão de toneladas na fase inicial.

A Canápolis foi adquirida pela CMAA em leilão judicial da massa falida Laginha, do ex-deputado João Lyra, em dezembro de 2017.
O nome anterior da unidade era Triálcool.

A retomada da unidade deve ter aquecido a economia do município.

Carlos Eduardo Turchetto Santos – Sim. Era triste ir a Canápolis.

A cidade tinha duas usinas operando e o comércio e os empregos praticamente viviam em torno do que giravam essas unidades.

Voltar lá agora e ver o impacto positivo gerado é muito gratificante.

A aquisição deixou também recursos para a prefeitura?

Carlos Eduardo Turchetto Santos – Sim. Só de ITBI, imposto pago quando da aquisição da unidade, foram quase R$ 2 milhões.

O prefeito me levou para ver a escola que estavam acabando de construir com esses recursos.

É muito gratificante para nós.

Com a Canápolis em operação, qual é a capacidade de moagem das unidades da CMAA?

Carlos Eduardo Turchetto Santos – 10 milhões de toneladas por safra. Esta é nossa meta a partir de agora.

Qual é a atuação da sócia IndoFood na CMAA?

Carlos Eduardo Turchetto Santos – A joint-venture IndoFood atua no Conselho de Administração
da CMAA. A gestão é 100% nossa.

O que é preciso para o setor sucroenergético a deslanchar?

Carlos Eduardo Turchetto Santos – Primeiro é ter união. O setor é muito desunido. Aqui em Minas Gerais, pelo contrário, o setor é unido.

Mas em termos gerais, falta união. Falta força para o setor como um todo.

Como o setor público pode ajudar?

 

Carlos Eduardo Turchetto Santos– Com desburocratização. É preciso desburocratizar o acesso à

geração de energia elétrica. Se você quer gerar mais, enfrenta uma burocracia enorme.

Obter outorga de ponto de água também exige burocracia. O governo precisa ajudar o setor a produzir.

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