Clima

Por que o Potencial das Tecnologias de Emissão Negativa é o caminho - e por que as usinas precisam aderir

Essa solução de descarbonização exige a integração de tecnologias de emissão negativa pelas usinas

Em seu perfil no LinkedIn, o ‘pai’ do RenovaBio, Miguel Ivan Lacerda, destaca sobre a pesquisa recém-divulgada “Estratégias de emissões negativas para reduzir a intensidade de carbono do etanol de cana-de-açúcar brasileiro no âmbito do RenovaBio.”

Leia os destaques a partir da pesquisa (acesse a íntegra dela aqui):

  • “O Potencial das Tecnologias de Emissão Negativa (NETs) é o caminho para reduzir a intensidade de carbono (CI) dos biocombustíveis e entregar pro mundo uma solução de descarbonização.
  • No entanto, até o momento, nenhuma usina no país integrou essas tecnologias em seus processos de produção.
  • O estudo recente analisou o impacto de duas NETs promissoras: bioenergia com captura e armazenamento de carbono (BECCS) e aplicação de biochar no campo, focando na CI do etanol de cana-de-açúcar.
  • Os dados foram coletados de 62 usinas certificadas e os resultados são promissores:
  • O valor de +32,8 g CO2e/MJ de etanol hidratado (sem NETs) poderia ser reduzido para:
  • – +15,9 g (com 1,0 t de biochar/ha)
  • – +10,4 g (com BECCS da fermentação)
  • – −81,3 g (com BECCS da combustão)
  • Além disso, o etanol misturado com gasolina, produzido em associação com NETs, pode reduzir impactos ambientais.

Mas alcançar reduções comparáveis às de veículos elétricos e a etanol puro dependeria da implementação de NETs que ainda não estão em prática.

As estimativas indicam que os créditos de carbono disponíveis no RenovaBio podem não ser suficientes para garantir viabilidade financeira atrativa.

É preciso mais. Mais Renovabio.

Uma oportunidade significativa para a pesquisa na Embrapa, que pode liderar iniciativas para integrar NETs na produção de biocombustíveis, contribuindo para um futuro mais sustentável e inovador.”

Delcy Mac Cruz

Editor

Editor do JornalCana

Editor do JornalCana