Clima

O que é preciso para ampliar a produção de hidrogênio de baixa emissão

Produção global atual de hidrogênio de baixa emissão corresponde a menos de 1% da demanda mundial

Apesar dos avanços recentes, a produção de hidrogênio de baixa emissão ainda é marginal: 𝗺𝗲𝗻𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝟭milhão de toneladas (𝗠𝘁) 𝗲𝗺 𝟮𝟬𝟮𝟯, relata a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).

Essa produção corresponde a menos de 1% da demanda global, destaca Gustavo Doubek, professor da Unicamp.

No entanto, para atender ao cenário de emissões líquidas zero até 2050 (NZE), será necessário 𝗺𝘂𝗹𝘁𝗶𝗽𝗹𝗶𝗰𝗮𝗿 𝗲𝘀𝘀𝗲 𝗻ú𝗺𝗲𝗿𝗼 𝗽𝗼𝗿 𝟲𝟱 𝘃𝗲𝘇𝗲𝘀 até 2030, alcançando cerca de 65 Mt/ano.

O contraste é evidente: com as políticas atuais (STEPS), a demanda projetada para 2030 é de apenas 6 Mt/ano – um déficit crítico.

“Isso significa que a descarbonização da indústria química não depende apenas da inovação tecnológica, mas de P𝗼𝗹í𝘁𝗶𝗰𝗮𝘀 𝗿𝗼𝗯𝘂𝘀𝘁𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝗲𝘀𝘁í𝗺𝘂𝗹𝗼 à 𝗱𝗲𝗺𝗮𝗻𝗱𝗮”, afirma.

Hidrogênio de baixa emissão: o que é preciso fazer

Políticas robustas de estímulo à demanda:

  • 𝗤𝘂𝗼𝘁𝗮𝘀 𝗲 𝗺𝗮𝗻𝗱𝗮𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝘂𝘀𝗼 de hidrogênio verde em fertilizantes, metanol e refino;
  • 𝗖𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗰𝗮𝗿𝗯𝗼𝗻𝗼 𝗽𝗼𝗿 𝗱𝗶𝗳𝗲𝗿𝗲𝗻𝗰𝗮 (𝗖𝗖𝗳𝗗𝘀) para reduzir riscos de mercado;
  • 𝗟𝗲𝗶𝗹õ𝗲𝘀 𝗲 𝗮𝗰𝗼𝗿𝗱𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗼𝗳𝗳𝘁𝗮𝗸𝗲 que garantam previsibilidade para investidores e produtores.

Todas essas ações parecem uma influência exagerada de desbalanço do mercado, mas na realidade serão incentivos importantes frente ao grande desafio da transição energética, que, pela primeira vez na história, não será causada por fatores econômicos, mas, sim, de uma conscientização global frente às mudanças climáticas“.

Delcy Mac Cruz

Editor

Editor do JornalCana

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