Mercado

Clima reduz em 3,6% a colheita em Pernambuco

Problemas climáticos reduziram em 3,6% a safra de cana-de-açúcar de Pernambuco, um dos maiores Estados produtores da região Nordeste.

A colheita não deve passar de 16 milhões de toneladas em 2005/06 (abril a março), informa o Sindicato dos Produtores de Açúcar e Álcool (Sindaçúcar) do estado. A estimativa inicial era de 19 milhões de toneladas.

Além de menor, a safra deve ser colhida com atraso. Nem mesmo as chuvas dos últimos meses foram capazes de corrigir o amadurecimento das plantas. Por isso, a colheita começou em setembro, com um mês de atraso. O final da moagem da cana é previsto para março de 2006.

“As irregularidades climáticas do Nordeste com extremos (verão de altas temperaturas e invernos de dilúvios) frustraram as projeções para esta safra”, disse Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar.

Ele lembra que no último verão a seca representou grande prejuízo para os produtores. “Em algumas regiões as chuvas ficaram em média em 40 milímetros por mês. Em igual período de 2004, elas atingiram 250 milímetros”.

O setor sucroalcooleiro da região vem investindo para melhorar a infra-estrutura dos canaviais. “Desde 2000 estamos tentando melhorar paulatinamente a armazenagem e distribuição da água nos canaviais. Mas infra-estrutura não se refaz da noite para o dia”, afirmou.

Em 2005/06 serão moídas 16 milhões de toneladas de cana, o que deve resultar em uma produção de 1,4 milhão de toneladas de açúcar, dos quais 56% serão exportados. Com relação ao álcool, a produção deve alcançar 390 mil metros cúbicos, dos quais 23% serão embarcados para o exterior.

Banner Revistas Mobile