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Clima adverso provoca perdas de produtividade na safra 2024/25

Coordenador do Sistema TempoCampo estima uma perda de 15 milhões de toneladas apenas em janeiro

Clima adverso provoca perdas de produtividade na safra 2024/25

Após uma safra com resultados espetaculares, a temporada 2024/25 enfrenta desafios climáticos significativos, resultando em perdas substanciais de produtividade.

De acordo com as projeções do coordenador do Sistema TempoCampo, Fabio Marin, somente em janeiro, estima-se uma redução de 15 milhões de toneladas na produção.

O calor intenso combinado com chuvas concentradas no final de janeiro teve um impacto negativo expressivo. Esta condição adversa afetou principalmente as regiões de cana-de-açúcar, especialmente no estado de São Paulo, além do norte do centro sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, região norte de Minas e região norte de Goiás.

Marin observa que mesmo em fevereiro, a situação ainda não é favorável nessas áreas, com uma diminuição contínua da produtividade, exceto no norte do Paraná, onde houve um leve aumento que está diminuindo semana após semana.

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Segundo o meteorologista, as chuvas que chegaram no final de janeiro não foram suficientes para atender à média necessária. Isso resultou em um período prolongado de estresse hídrico, especialmente prejudicial para as plantações de cana-de-açúcar no início da safra.  A alta temperatura aumenta a demanda de água da atmosfera, e as plantas, ao enfrentarem estresse, “fecham seus estômagos” para evitar a desidratação, limitando assim sua capacidade fotossintética.

Comparado ao ano anterior, Marin estima uma queda de 6% a 8% na produtividade. Embora ainda não haja dados conclusivos para fevereiro, ele sugere que a perda já pode estar na faixa de 6% a 7%, possivelmente até 8%, em relação ao ano anterior, que apresentou condições climáticas excepcionais.

Essas condições climáticas adversas representam um desafio significativo para a safra 2024/25, com potenciais impactos econômicos e logísticos para a indústria agrícola. Em relação ao ano passado, essa perda em termos de percentuais pode ficar na faixa entre 6% e 8%.

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