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Clealco prevê faturar seu primeiro bilhão em 2014/15

O grupo sucroalcooleiro Clealco, de São Paulo, projeta que na temporada 2014/15 seu faturamento vai alcançar pela primeira vez R$ 1 bilhão. O montante é 25% maior do que os R$ 800 milhões que a empresa calcula faturar na atual temporada, que termina em 31 de março (2013/14). O crescimento virá do acréscimo de capacidade instalada, decorrente da aquisição da Usina Campestre, no fim do ano passado.

O grupo foi protagonista em 2013 de uma das poucas aquisições de ativos feita no setor sucroalcooleiro. Arrematou em um leilão judicial, por R$ 187 milhões, a Campestre, localizada em Penápolis, a estratégicos 30 quilômetros de raio médio de suas outras duas usinas de cana em São Paulo. O valor sairá do caixa da empresa em parcelas semestrais ao longo de cinco anos contados a partir de dezembro de 2013.

A planta recém-adquirida está agora sendo readequada para retomar a moagem do próximo ciclo, a partir de abril. Para isso recebeu investimentos da ordem de R$ 25 milhões, basicamente para compra de máquinas agrícolas que vão elevar de 50% para 85% a percentual de colheita mecanizada. “Os recursos vieram de financiamento do PSI, a juros de 3,5% ao ano”, diz o diretor executivo do grupo, José Antônio Bassetto Júnior.

Com isso, o grupo pretende moer na temporada 2014/15, a partir de abril, 10,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar nas três usinas que agora administra. No atual ciclo, o 2013/14, o processamento foi de 7,8 milhões de toneladas. Mas outras 400 mil toneladas vão ainda ser moídas a partir de 20 de março para que o ciclo se encerre até o dia 31 do mesmo mês com um volume de 8,2 milhões de toneladas de cana.

Até agora, a produção da Clealco alcançou 580 mil toneladas de açúcar e 220 milhões de litros de etanol hidratado. Até o fim desta safra, o volume fabricado da commodity deve alcançar 630 mil toneladas e o de etanol, 240 milhões de litros, estima Bassetto. “Em 2014/15 vamos começar também a produzir etanol anidro. O volume deve chegar a 110 milhões de litros por safra”, diz.

Em 2014/15, só na unidade de Penápolis, batizada de Clealco Penápolis, serão processadas no próximo ciclo 2,5 milhões de toneladas da matéria-prima, mas a unidade pode chegar a 3 milhões, diz o diretor executivo. “Nosso objetivo agora é originar mais matéria-prima para usar toda a capacidade de Penápolis. O foco é incentivar produtores da região a plantar mais cana ou poderemos também partir para o cultivo próprio. Vamos criar uma alternativa para otimizar toda a capacidade a partir de 2015/16”, afirma. A moagem das outras duas unidades permanecerá a mesma de 2013/14 – a usina Queiroz processará 5,5 milhões de toneladas e a Clementina, 3 milhões de toneladas.

Bassetto espera uma sinergia “importante” com a entrada da unidade de Penápolis. Ele calcula que a margem com etanol, por exemplo, vai aumentar em torno de 7%, com a diluição de custos proveniente da maior escala.

Até a safra 2012/13, a Clealco era sócia da trading Copersucar. A empresa saiu da sociedade e passou a comercializar a maior parte de sua produção de forma independente. Bassetto disse que ainda não tem os valores médios de venda de etanol hidratado e açúcar do ciclo 2013/14, mas garantiu que “estão dentro da média do mercado”. A companhia ainda não começou a precificar a produção de açúcar do ciclo 2014/15. “Acredito que será um ano muito parecido com o passado”.

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