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Ciesp alerta para apagão em 2009

A demora na concessão de licenças ambientais para novos projetos de energia gera o risco de o país enfrentar um novo apagão a partir de 2009, afirma Newton Duarte, diretor de infra-estrutura do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Segundo ele, a oferta de energia tem crescido abaixo do aumento da demanda.

A demora impede a realização do leilão de nova energia, prometido pelo governo para o começo do ano, mas adiado uma série de vezes. Duarte considera difícil o governo cumprir a promessa de realizá-lo ainda em 2005.

Segundo ele, só no primeiro semestre, o consumo de energia subiu 6,2%. Tradicionalmente, o aumento costuma ser ainda maior no segundo semestre. Para atender a esse aumento, diz, seria necessário adicionar 4.800 MW de energia nova por ano. No entanto os projetos em andamento só são capazes de gerar cerca de 2.500 MW por ano até 2009. “Hoje, por sorte, o índice pluviométrico está alto. Mas quem pode saber se em 2009 estará assim?”

Além da questão das licenças, Duarte teme a reação dos investidores privados no próximo leilão em razão dos baixos preços pagos pela energia na última venda, no começo do ano. Na ocasião, o preço pago pela energia velha -ou seja, oriunda de projetos em operação- foi considerado baixo pelas empresas. “Se a iniciativa privada não se interessar pelo preço, o governo terá de bancar os projetos. Mas todos sabemos das limitações do Orçamento, com as necessidades de gerar superávits e investir em projetos sociais.”

A solução para que não haja apagão, na visão de Duarte, seria o governo investir em formas alternativas de energia para diversificar a matriz. “A Petrobras precisa desenvolver o gás da bacia de Santos para não dependermos do gás boliviano”, afirma. O diretor do Ciesp lembra ainda de projetos alternativos de energia, como a biomassa.

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