O aumento de 25% para 27% da mistura de etanol anidro à gasolina e a volta da Cide ajudam a confirmar que a safra 15/16 será alcooleira. Há usinas consultadas ontem pelo JornalCana que ampliarão a produção de etanol para até 60% do mix, contra médios 50% da safra anterior.
Apesar de a unidade receber atualmente mais pelo megawatt-hora cogerado (clique aqui e leia mais a respeito) do que pelo etanol, a tendência é de uma oferta bem maior de biocombustível no ciclo que, na região Centro-Sul, começa para valer a partir deste mês, embora a Clealco já tenha iniciado a moagem em fevereiro.
A nova mistura de anidro permitirá um consumo extra de 1 bilhão de litros, conforme projeção feita pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). O volume representa pouco menos de 10% dos 10,9 bilhões de litros do etanol produzidos até a primeira quinzena de fevereiro no Centro-Sul, responsável por pouco mais de 80% da oferta brasileira do biocombustível.
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A Unica deverá divulgar em abril sua projeção de volumes para o ciclo 15/16, mas tudo indica que a produção de etanol (hidratado e anidro) irá superar 27,5 bilhões de litros, contra os 26 bilhões de litros processados até a primeira quinzena de fevereiro no Centro-Sul.
Além da maior mistura de anidro, a volta da Cide principalmente sobre a gasolina deverá ter impacto positivo sobre o consumo de etanol, embora não haja previsões de volumes adicionais desse aumento. Na prática, a Cide retorna em abril, três meses após ser sancionada pelo governo em fevereiro. Até lá, no entanto, já é cobrado PIS/Cofins maior.
