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CIA, COA, Pentágono e CSO – Automação Agrícola convertida em resultados

Entenda o que isso tudo significa

Matheus Tobias Fernandes*

Pra quem não me conhece ou não me têm como conexão, sou o Matheus Tobias Fernandes, Gestor do Agronegócio voltado para o setor sucroenergético.

Iniciei minha trajetória em usina à 07 anos, 2012, na CMAA – Unidade Vale do Tijuco, na Manutenção Automotiva Agrícola, responsável por PCM, validação da ordens de serviço campo, base e externo, Indicadores de disponibilidade, MTBF e MTTR.

Depois passei para ferramentaria automotiva com a compra de ferramentas e busca por soluções que trouxessem segurança na execução dos reparos. Novas ferramentas, acessórios e treinamentos que assegurassem o uso correto de epi’s, etc.

Depois em 2016 fui convidado para fazer parte do grupo Delta Sucroenergia S/A. Uma usina consolidada no cenário brasileiro e mundial.

Antigo grupo Carlos Lyra, trabalhei na unidade Volta grande e Delta. Pelo meu conhecimento em PCM, PSO, Acompanhamento de disponibilidade mecânica, logística agroindustrial e noção em suprimentos, minha função foi implementar no CIA (Centro de Inteligência Agrícola), o monitoramento da Oficina Automotiva do grupo, como abertura e fechamento de ordem (SAP), relatórios de disponibilidade e aderência das manutenções preventivas, preditivas e resolução de pendências, mas a diferença era comparar os dados do PIMS (Manfro) com informações SOLINFTEC e apontar os “gargalos”.

Foi aí que iniciei minha trajetória com TECNOLOGIA e AUTOMAÇÃO AGRÍCOLA. Depois de concluída implementação, passamos para avaliação dos processos de tratos culturais.

Fluxograma do processo, identificação de falhas e planejamento de como o CIA poderia evidenciar, mensurar e apresentar os desvios nos procedimentos de Herbicida, Adubação, Corretivos e Aplicação de Torta enriquecida. Passamos para o processo de CCT, desenvolvimento de relatórios (Moagem Diária, Premiação por produção, horas gerenciais, operacionais e o famoso CDC).

Foi onde me apaixonei pela área. Durante a conclusão tive outra oportunidade, colaborar para implementação do CIA na SJC Bioenergia, Joint Venture entre Cargil e Usina São João, um desafio e tanto que ainda estamos no processo… mas chega de conversa, vamos ao ponto…

“O QUE É CIA, COA, PENTÁGONO OU CSO?”

CIA – Centro de Inteligência Agrícola, ou Central de Integração Agrícola.

COA – Centro de Operações Agrícola,

Pentágono – Nomenclatura do mesmo departamento citado, porém com umas diferenças cruciais que citarei abaixo,

CSO – Centro de Suporte à Operações

Todos as nomenclaturas têm o mesmo fundamento de analisar, monitorar e evidenciar os processos agrícolas através de tecnologia embarcada (Computador de Bordo), onde são registrados os apontamentos em tempo real e os analistas podem analisar a coerência de cada apontamento em relação à operação executada no momento. Através disso, é possível entender se o dimensionamento de recursos está de acordo com a necessidade, se a operação está executando conforme o planejado e se não há nenhum desvio nos procedimentos pré estabelecidos gerencia / Diretoria e esclarecidos para todo o grupo.

Qual a diferença entre estes quatro setores?

Todos eles são idênticos, existem para analisar e monitorar os processos e rendimentos operacionais, podendo tratar em tempo real qualquer desvio.

Porém o Pentágono, tido como referencia no setor de monitoramento operacional sucroalcooleiro pertencente ao Grupo Raízen. Estabelecido em Piracicaba, os analistas de programação agroindustrial executam toda a operação de controle de tráfego, logística de canavieiros, avaliação de rendimento operacional e monitoramento das operações de todas as unidades localizadas no território brasileiro.

O que diverge dos CIA e o COA instalados em outros grupos. Alcançaram um patamar de conectividade e eficiência onde não existem controladores de tráfego nas unidades industriais, somente o balanceiro. Desta forma unificando e facilitando a identificação de qualquer desvio e/ou falha na operação agrícola de CCT.

O COA e CIA têm as mesmas funções, porém o controle de tráfego (despacho de caminhões canavieiros para as frentes de colheita) é realizado na saída do caminhão na balança e não remotamente como na Raízen.

Porém a eficiência no monitoramento é de em qualquer grupo ou usina é continua sendo do CIA e o mesmo precisa garantir que todo o ciclo de corte, carregamento e transporte ocorra sem nenhuma falha, para que não haja parada.

Já o CSO, é uma nova sacada no mercado agrícola. Lançado inicialmente pela concessionária Colorado Máquinas – John Deere, hoje cada concessionária está implantando o seu CSO.

Eles têm a mesma função dos setores mencionados acima, mas para o produtor rural que não quer ou não pode se preocupar com investimento em infraestrutura, contratação de mão de obra para monitorar sua frota de máquinas com a tecnologia Auteqembarcada, a própria concessionária têm esse departamento que presta este serviço ao produtor.

Preço mais em conta

Quando conheci o modelo de negócio fiquei maravilhado. Tecnologia de ponta disponível para qualquer produtor por um preço bem mais em conta que estruturar um setor para este propósito.

Diante de todo o desenvolvimento tecnológico que as grandes empresas e também as startups estão entregando para os produtores, gerando competitividade ao setor, conseguimos concluir que: “Ou a empresa se adequa, melhora os processos e têm mais produtividade, ou automaticamente estará fora do mercado!”.

*Gestor do Agronegócio pela UNIP

Especialista em Análise, Implantação e desenvolvimento do CIA E CDC.

Email: matheus-tobias@live.com

 

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