As fortes chuvas que afetam Alagoas desde a última sexta-feira (dia 1º), estão causando transtornos em várias cidades do estado. A Usina Santa Clotilde, situada em Rio Largo, sofreu danos estruturais. Parte da construção acabou caindo. O mesmo aconteceu com a antiga Usina Laginha, em União dos Palmares, que foi tomada pelas águas do rio Mundaú.
O nível do rio ultrapassou 8,5 metros invadindo residências e deixando debaixo submersa parte do comércio de União dos Palmares.
Em Satuba, a ponte do município, na BR-316, ficou completamente alagada e precisou ser interditada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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Em Pernambuco os temporais na Região Metropolitana do Recife, nas matas Norte e Sul e no Agreste trouxeram danos para o cultivo da cana. No fim de maio e começo de junho, as chuvas que castigaram a área mais próxima ao mar no estado prejudicaram as plantações de ao menos uma dezena de usinas.
Em Timbaúba, na Mata Norte, o Rio Cruangi invadiu canaviais, a área administrativa e o parque industrial da Cooperativa do Agronegócio dos Associados da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (Coaf), molhando ao menos 100 motores e 30 máquinas de solda.
De acordo com a Coaf, 70% deles estavam prontos para ser utilizados na próxima safra, com início programado para o fim de agosto deste ano.
“A usina foi tomada pelas águas, tendo áreas inundadas com até um metro de altura. A mais afetada foi no administrativo, mas sem grandes danos”, divulgou a direção da cooperativa. Ainda, conforme ela, “o trabalho de recuperação, com o uso de estufas, começou. A previsão é de que tudo esteja pronto até o início da safra. Apesar disso, a unidade prevê uma boa moagem, com expectativas até de recortes em função dos volumes de chuva nos canaviais dos cooperados da usina”.
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De acordo com previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a porção mais ao norte da Região Norte e leste da Região Nordeste, a tendência é de chuvas acima da média. Os volumes pluviométricos devem ficar acima de 140 milímetros (mm).
Em contrapartida, segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS) os reservatórios das hidrelétricas chegarão ao período seco deste ano com níveis médios de armazenagem entre 40% e 50%, contra os 17% do mesmo período do ano passado.
As termelétricas, que chegaram a significar metade da geração de energia do país no ano passado, serão menos usadas neste ano. No momento, mesmo estando em pleno período seco, as térmicas que encarecem a conta de luz do brasileiro correspondem a pouco mais de 14% do total gerado diariamente.
As chuvas de novembro até abril deste ano, quando começa o período seco, ficaram em 80% da média. E junto com medidas de controle das vazões, ou seja, do controle do volume de água liberado pelas hidrelétricas, ajudaram a garantir o armazenamento para geração de energia.