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Chuva em excesso pode sacrificar os canaviais

As chuvas tradicionais dos períodos de verão, em 2011, estão surpreendendo. Somente na região de Lençóis Paulista (SP), da metade de dezembro ao início de janeiro, choveu aproximadamente 600 mm. Esse volume acumulado, principalmente devido a proximidade do solo com o lençol freático em algumas áreas, provocaram alagamentos nos canaviais e a morte das plantas.

Segundo Oswaldo Alonso, assessor técnico da Canaoeste, além da região de Lençóis, na faixa que corta São João da Boa Vista, Limeira, Piracicaba, Capivari, Ourinhos e vai até Assis, o volume de chuva é maior do que outras regiões do estado. “O ar quente da Amazônia encontra a frente fria e a baixa pressão, causando fortes chuvas. Além de sacrificar os canaviais em alguns casos, impede atividades agrícolas no período, como plantio, preparo de solo. De dezembro a março, o setor terá cerca de 45% de dias disponíveis para atividades agrícolas somente”, diz.

De acordo com ele, de janeiro a fevereiro, a região de Ribeirão Preto, deve chover 50% a mais do que na média histórica, que é de 270 mm, aliviando na metade de março.

O professor da Ufscar Campus Araras, Marcos Sanches, da área de genética e melhoramento de plantas, concorda que a chuva em excesso atrapalha as atividades agrícolas nos canaviais e explica que “pancadas fortes”, em curto espaço de tempo podem “sufocar” a cana já que o solo não consegue absorver essa água e a planta pode morrer por falta de oxigênio. “Nesse caso, o sistema radicular pode apodrecer, inclusive, a cana pode sentir muito com efeitos de fungos, microorganismos, doenças, etc”, explica.

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