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Cerradinho prevê investir US$ 400 mi em nova usina

O Grupo Cerradinho vai investir US$ 400 milhões na construção de uma nova unidade ao lado da usina Porto das Águas, em Chapadão do Céu (GO). A expectativa é de que as duas usinas tenham capacidade de moer 8 milhões de toneladas em sete anos. Atualmente, a Porto das Águas processa 3,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Segundo João Nogueira, membro do conselho de administração do Grupo Cerradinho, a Porto das Águas mudará de nome para Cerradinho Bioenergia. “As duas usinas se concentrarão na produção de etanol e bioeletricidade.”

Nogueira informou que a Cerradinho concluiu hoje a operação de venda de suas duas usinas paulistas para a Noble Group. O negócio foi fechado em dezembro de 2010 por cerca de R$ 1,5 bilhão, incluindo a dívida da em presa, de aproximadamente R$ 1 bilhão. Com a conclusão da operação, as duas usinas, localizadas em Catanduva e em Potirendaba, no interior paulista, passam para a Noble.

Dos R$ 500 milhões recebidos da Noble, R$ 250 milhões serão utilizados para capitalizar a Cerradinho Bioenergia. O executivo explica que os outros R$ 250 milhões serão investidos na holding Cerradinho para a diversificação dos negócios da família Sanches, controladora do grupo.

“Um dos setores estudados para entrarmos é o imobiliário”, disse o conselheiro. Ele afirmou também que o Grupo Cerradinho deve elevar sua atuação na área de terras. Atualmente, o grupo possui a Cerradinho Floresta, responsável pela administração das terras e de outras atividades ligadas ao agronegócio.

Segundo Nogueira, a empresa inaugurou um terminal de transbordo férreo para recepção, armazenamento e transferência do etanol localizado em Goiás, próximo a Chapadão do Céu. “O terminal permite uma logística eficiente entre a região Centro-Oeste e o município de Paulínia (SP), onde o produto é distribuído para os mercados consumidores paulistas”, disse. O terminal já movimenta 1,5 milhão de litros por dia e deve chegar a dois milhões de litros de etanol diários até o final do ano. Desse volume, metade já representa prestação de serviço para terceiros.

Expansão. A Noble já possui outras duas usinas, Meridiano e Noroeste Paulista. Com as quatro usinas, o grupo vai processar 17,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e produzir 1,34 milhão de toneladas de açúcar, 600 milhões de litros de etanol e 750 megawatts de excedente exportável de bioeletricidade da cogeração de bagaço de cana.

O setor sucroalcooleiro é o primeiro em que o grupo Noble, especializado na comercialização de commodities, entra também na produção. A companhia possui 65% de cana própria em suas unidades. Além disso, opera no Brasil também com café e grãos, mas não po ssui operações de produção com essas commodities.

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