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Cerradinho estuda abertura de capital

O grupo sucroalcooleiro Cerradinho se prepara para abrir capital no médio prazo, segundo a a nova diretora administrativa e financeira da companhia, Denise Francisco. Há três meses na Cerradinho, Denise afirma que, com a renegociação da dívida de curto prazo da companhia encerrada, foi iniciada a segunda fase de sua estratégia de reestruturação, que é a busca de um parceiro estratégico. “Quando encontrarmos o parceiro ideal, faremos a abertura de capital”, afirma. A executiva participou do processo de lançamento de ações do Grupo São Martinho.

Hoje com moagem em torno de 9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, as três usinas do grupo (duas em Catanduva e uma no sul de Goiás) possuem planos de expansão que necessitam de um novo investidor. Segundo a executiva, o tamanho! ideal para se abrir o capital seria uma moagem em torno de 20 milhões de toneladas. “A partir deste volume, acredito ser possível gerar valor agregado para os acionistas de forma mais efetiva”, disse. O cronograma do grupo estima que, em dois anos, a moagem deverá atingir 13,5 milhões de toneladas sem a realização de nenhum novo investimento.

De acordo com ela, a empresa precisa de um parceiro estratégico no momento para continuar a expansão de 30% ao ano que registrou nas últimas quatro safras. A Cerradinho fez elevado investimentos na Usina Porto das Águas, em Chapadão do Céu, no sul de Goiás, e foi pega de surpresa pela crise mundial. Porto das Águas entrou em operação em junho de 2009 e deverá moer cerca de 2 milhões de toneladas na atual safra. A Cerradinho Catanduva mói 4 milhões de toneladas a Usina Potirendaba tem 3,3 milhões de toneladas de capacidade.

De uma dívida total de R$ 1,1 bilhão, dos quais a maior parte vence na safra 2013/14, a empresa conseguiu renegociar R$ 450 milhões de sua dívida de curto prazo. Com carência de 2 anos, a empresa terá quatro anos para amortizar o pagamento, diz Denise. Ela afirma que a empresa vem reduzindo custos e trabalhando com índices e metas para definir a geração de caixa. “Queremos ser eficientes em custo para, junto com um parceiro estratégico, termos fôlego para crescer.” Atualmente entre os 15 maiores grupos sucroalcooleiros do país, o objetivo é estar entre os 10 mais do setor em um prazo de dois anos.

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