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Cenários elétricos

2007-05-30 Energia Cogeraçao Bagaço Bioenergia Bioeletricidade Industria Usina Goiasa (1)

Depois do imbróglio da MP 579, que revisou os contratos das empresas de energia em 2012, a Cesp se beneficiou da alta de preços e surpreendeu em março com o pagamento de R$ 1 bilhão em dividendos. Quais os cenários possíveis para a companhia hoje?

“Se tivéssemos tido a insensatez de assinar a prorrogação de concessão sem receber nada pelos ativos amortizados, teríamos quebrado a Cesp. As companhias ficaram descapitalizadas”, afirma José Aníbal, secretário de Energia até a semana passada.

“A Cesp hoje tem caixa robusto e dívida contábil de R$ 2,7 bilhões, que pode ser antecipada totalmente até o primeiro semestre de 2015.”

O analista Marcos Severine, do J.P. Morgan, concorda que a mudança de conjuntura favoreceu a companhia.

“O que parecia um cenário negativo [com a MP], acabou sendo positivo. Os contratos da empresa estão por volta de R$ 120 MGW/ hora, enquanto ela vende a energia não contratada por R$ 822”, diz.

A partir de 2015, com a possível devolução de Ilha Solteira e Jupiá, a companhia deverá ser uma empresa menor.

“O cenário mais provável é o de investir para voltar a crescer e a grande vocação seria a energia renovável a partir do bagaço de cana.”

Outras possibilidades seriam aplicar só em manutenção e pagar bons dividendos, além da venda da empresa –a opção menos provável hoje, segundo o analista.

“Por lei a Cesp não pode investir, mas o governador já nos pediu estudos para que a Cesp volte a ser uma investidora em energias renováveis”, segundo Aníbal.

A recomendação do analista é de venda do papel. “Grande parte desse cenário positivo da companhia já foi precificado”, acrescenta.

Maria Cristina Frias com Luciana Dyniewicz, Leandro Martins e Isadora Spadoni

(Fonte: Folha de S. Paulo)

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