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Cenário negativo pode prejudicar produção do Centro-Sul

A safra de cana do Centro-Sul, que registra uma pior qualidade da matéria-prima, um ritmo de moagem mais lento nesse início de safra, e uma redução significativa da produtividade agrícola do canavial, pode não atingir a produção projetada pela Unica no início do ano. A afirmação é de Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Em março deste ano, a Unica divulgou a estimativa de produção para a safra 2011/12 no Centro-sul, em uma moagem de 568,50 milhões de toneladas, com uma concentração de ATR de 140,80 por tonelada de cana.

“Caso esse cenário se mantenha para os próximos meses, poderemos não atingir a produção projetada para a safra”, explica o executivo.

Segundo o boletim da Unica, divulgado ontem, a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de matéria-prima do Centro-Sul, caiu 8,37% na primeira quinzena de maio e atingiu 115,20 kg, contra os 125,73 kg obtidos no mesmo período de 2010. No acumulado desde o início da safra 2011/2012, a concentração de ATR alcançou 108,77 kg por tonelada de cana-de-açúcar, 8,51 kg inferiores ao observado na safra passada, em igual período.

Produção – A Unica divulgou ainda que a fabricação de açúcar totalizou 1,54 milhão de toneladas nos primeiros 15 dias de maio, ante 1,87 milhão de toneladas no mesmo período de 2010. Em relação ao etanol, o volume produzido na primeira quinzena deste mês foi de 1,26 bilhão de litros, sendo 506,90 milhões de etanol anidro e 756,30 milhões de etanol hidratado.

No acumulado desde o início da safra, a produção de açúcar alcançou 2,36 milhões de toneladas, e a de etanol 2,16 bilhões de litros. Com isso, 59,87% da cana processada nesta safra destinou-se à produção de etanol.

Padua explica que as empresas continuam priorizando a produção de etanol. “Já entramos definitivamente na safra 2011/2012 e a preocupação nesse momento não é com o abastecimento, mas sim com o estabelecimento de mecanismos para que o cenário de elevada volatilidade de preços observado nesta entressafra não se repita no próximo ano”, finaliza.

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