JornalCana

Cenário mundial é promissor para açúcar brasileiro

Confira na edição de abril do JornalCana, este e outros assuntos de mercados e política setorial.

As perspectivas para a comercialização do açúcar brasileiro no exterior são promissoras. Um dos motivos está relacionado às chances do País em obter resultados positivos no painel, na Organização Mundial do Comércio — OMC, que avalia o subsídio à exportação do açúcar dado pelos países da União Européia — UE. O Brasil move, desde o ano passado, uma ação contra países europeus, na OMC, juntamente com a Austrália e a Tailândia.

O presidente da Crystalsev, João Carlos de Figueiredo Ferraz, é otimista e prevê que haverá uma decisão satisfatória até o final de 2004. “O Brasil já apresentou a sua defesa. A UE, que está abrindo para o Leste europeu, não terá condições de manter essa situação. A França, que vai deixar de exportar para a Ásia e tem interesse no mercado da Europa, já está torcendo pelo Brasil”, informa.

A resistência dos países da União Européia contra o fim do subsídio deverá continuar, na opinião do diretor da Czarnikow Sugar, Marcos Molinaro. Ele acredita, inclusive, que o Brasil terá dificuldades em conquistar uma vitória na OMC. “A questão não é somente econômica. É também cultural. Apesar da resistência, deverá haver pequena evolução. O papel do Brasil é continuar sensibilizando, mesmo que não haja ganhos imediatos”, afirma.

Sem saber exatamente qual será o resultado do painel na OMC, o Brasil poderá ser beneficiado na exportação do açúcar, devido a alguns fatores internacionais de acordo com José Nilton de Souza Vieira, coordenador geral do Departamento do Açúcar e do Álcool do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O aumento do consumo na China, a queda de produção na Índia e na União Européia, por exemplo, poderão favorecer a exportação do açúcar brasileiro

O impacto positivo da provável redução da área de plantio da beterraba na Europa poderá, no entanto, ser reduzido, significativamente, pela diminuição da importação pela Rússia – o maior comprador de açúcar do mundo. “Certamente, haverá uma migração”, constata Molinaro. A independência no abastecimento de alimentos é objetivo prioritário do governo russo. Com a retomada da produção, a necessidade de importação da Rússia será reduzida gradativamente.

O quadro na Ásia apresenta perspectivas mais animadoras. Na Índia, houve quebra de produção de quatro milhões de toneladas. A China é outro país que tem apresentado grande possibilidade de consumo de açúcar, conforme informações e avaliações de Marcos Molinaro.

Confira matéria completa na edição de abril do JornalCana.

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram