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Celeiro do mundo, com automação

Em dez anos, Brasil será o líder mundial em produção agropecuária. Estudo da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) indica que, em dez anos, o Brasil será o maior produtor rural do mundo. Carnes, frutas, açúcar, álcool combustível e soja são alguns dos produtos com os quais o País cumprirá o antigo vaticínio de que será o celeiro do mundo. Os números atestam essa tendência.

No setor sucroalcooleiro, em 2013 o Brasil deverá produzir 50% do açúcar mundial. No mesmo período, estima-se que a produção de álcool combustível atinja 24 bilhões de litros anuais, 9 bilhões a mais do que os 16 bilhões registrados atualmente, dos quais 2 bilhões já são exportados. A expansão da demanda de açúcar e álcool deverá resultar na criação de 200 mil empregos diretos. As frutas frescas também se somam aos itens de destaque do agronegócio. Em 2004, o País vendeu 850 mil toneladas no mercado externo.

No tocante à avicultura, em agosto último o Brasil exportou 255,66 mil toneladas de frango. Esse volume, que representou aumento de 1,2% em relação a agosto de 2004 e 0,3% em comparação a julho de 2005, estabeleceu um recorde: foi o maior embarque mensal de todos os tempos. As exportações de 2005 somam 1,8 milhão de toneladas, 16% a mais do que o exportado entre janeiro e agosto de 2004. As vendas externas totais deste exercício são estimadas em 2,7 milhões de toneladas, 13% a mais do que no ano passado.

No que se refere ao comércio da carne bovina, os números também são alentadores. A receita das exportações em maio último foi de US$ 295,2 milhões, com crescimento de 44,82% em relação ao mesmo mês em 2004. No acumulado de janeiro a maio, as vendas externas foram de US$ 1,15 bilhão. Isso significa expansão de 29% em comparação com o mesmo período de 2004. Quanto ao volume, o Brasil exportou 915,9 mil toneladas contra 695,4 mil toneladas, um crescimento de 31,7% em relação ao acumulado de janeiro a maio de 2004.

Em todos esses segmentos e números da pecuária, avicultura e agronegócio há um importante fator em comum: os principais compradores dos produtos que o Brasil produz no campo são nações desenvolvidas, mais particularmente os Estados Unidos e as que fazem parte da União Européia (nesta, é importante lembrar, entrou em vigor, em janeiro deste ano, a Regulamentação EC 178/02, que exige a identificação da origem e do destino dos produtos alimentícios).

É exatamente nesses mercados que as exigências dos consumidores refletem-se de forma mais decisiva nas normas e leis referentes às importações de alimentos. Produção ecologicamente correta, com garantia de rastreamento e possibilidade de identificar todas as informações referentes a cada item, é imprescindível para o sucesso e perenidade dessas exportações. Nesse contexto, a rastreabilidade torna-se item fundamental à definitiva conquista da confiança dos compradores estrangeiros.

Assim, a automação transforma-se em fator condicionante ao definitivo posicionamento do Brasil como fornecedor superlativo de alimentos. Nesse sentido, assume particular significado o trabalho desenvolvido pela GS1 Brasil, entidade multissetorial, sem fins lucrativos, responsável pela disseminação do código de barras. As estruturas de numeração EAN.UCC garantem identificação mundial e a rastreabilidade dos produtos, possibilitando o atendimento às exigências legais.

O amplo engajamento dos setores produtivos nesses avanços da automação permite otimismo quanto à concretização das estimativas de que o País será mesmo o celeiro do mundo, com os produtos de seus 62 milhões de hectares cultivados e 220 milhões de hectares de pastagens.

kicker: As exigências dos consumidores refletem-se de forma decisiva nas normas e leis que regulam a importação de alimentos

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