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Carros a álcool já são 25% da produção

A produção e as vendas totais da indústria automobilística brasileira, incluindo automóveis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus, superaram em 2004, pela primeira vez, as do ano recorde de 1997, quando foram vendidos no mercado interno e para o exterior 2.069.703 unidades.

No ano passado foram 2.205.873 veículos, contra os 1.827.038 que haviam sido produzidos e vendidos em 2003. Os empresários do setor, no entanto continuam lamentando o tamanho da fatia composta pelos produtos exportados, batendo na tecla de que o importante seria aumentar a capacidade de absorção do mercado interno.

Queixas internas

Do total comercializado, 1.517.053 unidades destinaram-se ao mercado interno, com o número de exportados subindo de 534.745 de 2003 para 642.274 no ano passado – um aumento superior a 20%.

No ano que o setor relembra com saudade, 1997, as vendas externas não passaram de 417 mil unidades, com o mercado doméstico, no auge do seu vigor, absorvendo pouco mais de 1,8 milhão de veículos.

Outro aspecto da carta distribuída na sexta-feira pela Anfavea, a associação que reúne os fabricantes de veículos instalados no país, foi a notável retomada das vendas de carros alimentados a álcool.

Esta retomada coincide claramente com o ritmo de lançamento dos modelos conhecidos por “flexíveis”, capazes de utilizar gasolina ou álcool e sua mistura em qualquer proporção.

Força do álcool

A partir da quase extinção do uso do combustível de fonte renovável, que alimentava apenas 0.06% da frota produzida em 1997, o álcool seguiu influenciando a tendência de crescimento observada em 2003, quando foram fabricados 84.558 veículos capazes de utilizá-lo, equivalentes a 6,9% do total anual naquela época.

Em 2004, 379.328 dos veículos produzidos são capazes de utilizar o álcool – nada menos de 25,9% da frota fabricada no ano. Além disso, a julgar pelo afinco com que as montadoras lançam seus modelos de motor multicombustível, a tendência é de que eles ainda ganhem maior importância.

Outra tendência confirmada pelos números de 2004, esta de baixa, é a redução do número de importados.

Da fatia de 7,8% registrada em 2002, a participação de importados caiu para 5,2% em 2003 e despencou para apenas 3,9% no ano passado. O fenômeno é explicado pelo encarecimento do dólar no período, mas também leva em conta a alta taxa de nacionalização da indústria, que transferiu suas linhas de montagem para o País

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