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Carbono dá R$ 8,5 bi a projetos brasileiros

O mercado de créditos de carbono está apresentando importantes mudanças, agora que se aproxima o fim do prazo dos títulos negociados entre os países da Europa, as permissões ou allowances, em 31 de dezembro de 2007. Maurik Jehee e Desiree Hanna, responsáveis pelas vendas de crédito de carbono do ABN-AMRO Real informam o preço dos contratos de permissões com vencimento em dezembro de 2008 recuou de 21,00 para 19,50 euros, enquanto as reduções certificadas de emissões (RCEs) mantiveram-se em 15,00 a 16,00 por tonelada de dióxido de carbono evitada.

As RCEs são papéis emitidos pelos países que não têm metas obrigatórias de redução de emissão de gases que provocam o aquecimento global. Esses títulos são emitidos com permissão da Organização das Nações Unidas a partir de mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL) adotados por empresas e instituições e representam importante incentivo para que países pobres contribuam com ações para preservação do meio ambiente.

O Brasil tem 231 projetos de MDL que representam a não emissão de 204.314.584 toneladas de CO2 ou seu equivalente em outros gases. Ao preço máximo de hoje, de 16 euros por toneladas, esses projetos significariam uma receita adicional de R$ 8,5 bilhões para os detentores desses projetos.

Jehee e Hanna acreditam que, no ritmo atual dos projetos de produção limpa, dificilmente vai sobrar certificado de redução de emissões no mercado em 2008 devido ao longo prazo de desenvolvimento dos projetos. A expectativa é de uma oferta maior somente a partir de 2009. O mercado já discute até a possibilidade de bancar mecanismos de desenvolvimento limpo para depois de 2012, quando se encerra o primeiro período de projetos com base no Protocolo de Quioto.

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