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Cana transgênica resistente ao mosaico vai a teste de campo

A CTNBio, órgão regulador do setor de biossegurança, liberou testes de campo com uma variedade de cana geneticamente modificada resistente à doença mosaico da cana, de acordo com decisão publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.

A cana transgênica liberada para plantio em áreas experimentais sofreu alteração genética para se tornar resistente ao vírus do mosaico, doença que apareceu no Brasil no início da década de 80 e que provoca grande redução da produtividade nas lavouras afetadas.

A variedade que será testada em campo foi desenvolvida em conjunto pelas empresas Alellyx e CanaVialis, ambas pertencentes ao Grupo Votorantim e que trabalham com biotecnologia.

“Os testes de campo serão curtos, porque a variedade já foi amplamente testada em casa de vegetação”, afirmou à Reuters Fernando Reinach, presidente da Alellyx.

“Deveremos buscar o registro para uso comercial no período de mais uma safra (12 a 18 meses)”, acrescentou.

O projeto foi iniciado há 18 meses e foi desenvolvido a partir de uma variedade importada da Índia, a Co740, bastante comum no Brasil entre as décadas de 60 e 70, mas que deixou de ser utilizada por apresentar alta suscetibilidade ao víros do mosaico.

“Nós estamos ressuscitando uma variedade que havia deixado de ser utilizada. Uma variedade muito boa, de alta produtividade e boa resistência a geadas”, disse Reinach.

De acordo com o modelo de negócio das empresas, quando estiver liberada para uso comercial, a variedade estará disponível apenas para os clientes da CanaVialis.

“É uma maneira de protegermos nosso investimento”.

Atualmente 6 grandes usinas de São Paulo são clientes e a nova cana foi desenvolvida para se adequar às condições de clima e solo das regiões onde estas empresas estão instaladas.

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