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Cana segue sem rendimento e qualidade, diz especialista

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Em um comparativo entre os dados divulgados pela Conab e uma análise da última safra do segmento sucroenergético no Centro-Sul, o diretor executivo da MBF Agribusiness, Jair Pires, verificou que os dados divulgados demonstram que a cana não vem apresentando rendimentos e qualidade importantes, apesar dos esforços dos centros de pesquisas e do desenvolvimento de novas variedades.

“Quando se espera uma produção média acima de 80 toneladas/hectare e um rendimento em torno de 2,7 sacas de açúcar por tonelada de cana, o que se verifica é que a média geral fica em torno de 74 toneladas e um rendimento de 2,5 sacas por tonelada de cana, culminando com uma produção de 9,4 toneladas de açúcar por hectare, quando se espera resultados acima de 10,5 tonelada”.

Segundo ele, com o alongamento das safras e a colheita mecanizada, tanto o rendimento quanto a qualidade tendem a sofrer quedas, ofuscando todo o ganho com a implantação de novas variedades. “Mas esse quadro precisa ser revertido urgentemente, uma vez que é no campo que se produz açúcar e é esse campo que precisa produzir mais e melhor, o que depende fundamentalmente da gestão agrícola e do caixa da empresa. É importante destacar que a queda na longevidade do canavial em razão da compactação de solo pela colheita mecanizada e o alongamento das safras no Centro-Sul não estão refletidas nos indicadores analisados”, afirma.

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Para o consultor técnico da Canaoeste, Oswaldo Alonso, a mecanização de colheita tem boa parcela de culpa na queda da produtividade média ao longo dos anos.

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