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Cana e sacarídeas fortalecem exportações do agronegócio paulista

A cana e sacarídeas lideram a lista dos principais agregados de cadeias de produção nas exportações do agronegócio paulista, no primeiro trimestre, com participação de US$ 1,39 bilhão; seguida dos bovídeos/bovinos (US$ 615,03 milhões); produtos florestais (US$ 484,80 milhões); frutas (US$ 416,40 milhões) e agronegócios especiais (US$ 213,64 milhões). Esses cinco agregados representam 81,27% das vendas externas setoriais paulistas, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Apta/SAA).

No entanto o maior crescimento foi verificado nas exportações de fumo (306,06%); cereais/leguminosas/oleaginosas (57,27%); cana e sacarídeas (41,9%); produtos florestais (29,94%); têxteis (28,31%); bovídeos/bovinos (25,21%); olerícolas (17,65%); suínos e aves (14,91%); café e estimulantes (14,57%); bens de capital e insumos (9,24%) e agronegócios especiais (3,10%).

As exportações dos produtos semi-manufaturados apresentaram o maior aumento (51,23%), seguidas dos produtos básicos (32,63%) e dos manufaturados (9,22%). Porém os produtos manufaturados apresentaram a maior participação nas vendas externas (50,49%), totalizando US$ 1,94 bilhão.

Assim, os produtos básicos representam apenas 20,48% do valor das exportações do agronegócio paulista, enquanto a participação de produtos industrializados do agronegócio é muito maior (79,52%), evidenciando índices superiores de agregação de valor. Já no âmbito nacional, 49,77% do valor das exportações brasileiras do agronegócio corresponderam a produtos básicos.

Saldo comercial

O saldo comercial do agronegócio paulista (diferença entre exportações e importações) atingiu US$ 2,13 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 24,6% em relação a igual período de 2009, segundo o IEA. As exportações cresceram 23,9%, para US$ 3,84 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 1,71 bilhão (mais 23%).

Como as importações paulistas nos demais setores somaram US$ 13,01 bilhões para exportações de US$ 6,90 bilhões, o déficit externo desse agregado foi de US$ 6,11 bilhões no primeiro trimestre de 2010. “Assim, conclui-se que o comércio exterior paulista seria bem mais deficitário não fosse o desempenho dos agronegócios estaduais”, dizem os pesquisadores José Sidnei Gonçalves e José Roberto Vicente.

O estudo do IEA mostra que as cadeias de produção apresentaram saldos comerciais crescentes (US$ 2,35 bilhões), na comparação com o primeiro trimestre do ano passado (US$ 1,95 bilhão). “Esses indicadores são menores quando se considera toda amplitude das transações setoriais, cujo saldo cresce de US$ 1,71 bilhão nos primeiros três meses de 2009 para US$ 2,13 bilhões em igual período de 2010”, observam os pesquisadores.

Esse resultado deriva da repetição este ano do déficit na balança comercial de bens de capital e insumos (de US$ 220 milhões), explicam os analistas. “Os bens de capital e insumos são fundamentais para a modernidade da produção nacional, notadamente os fertilizantes nos quais tem elevada dependência externa. Entretanto, na maioria das vezes não são considerados nas análises do comércio exterior setorial, levando a saldos superestimados.” (Informações divulgadas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo).

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