Mercado

Cana é o grande destaque este ano

REPORTAGEM DE CAPA: ESPECIAL AGRISHOW

O setor sucroalcooleiro deverá ser o grande destaque da Agrishow Ribeirão Preto (SP).

Para tanto, a organização da 13ª edição da feira, que começa no dia 15 e vai até o dia 21, em Ribeirão Preto (SP), reservou cinco talhões cultivados com cana, na área das dinâmicas, para receber máquinas e implementos agrícolas voltados à gramínea. Acompanhando a tendência de mecanização total da lavoura canavieira, sobretudo nas áreas de expansão da cultura, onde há escassez de mão-deobra, o grande destaque será a apresentação, ao vivo, de cinco máquinas plantadoras de cana nas dinâmicas, de quatro marcas diferentes.

NEGÓCIO DO MOMENTO

No ano passado, abrimos espaços para a bioenergia. Este ano, estamos motivando a presença de indústrias que investem em açúcar e álcool, o grande negócio do momento, diz o presidente do Sistema Agrishow, Sérgio Magalhães. O Brasil avança muito rápido no segmento sucroalcooleiro e a Agrishow Ribeirão Preto vai dar à cana-deaçúcar a representatividade que ela merece. A expectativa de público, para este ano, é de 150 mil pessoas – ante 138 mil em 2005 -, sendo pelo menos 4 mil estrangeiros.

São mais de 600 empresas expositoras, 10% de outros países, como Estados Unidos, Itália, Alemanha, Argentina e outros, além de mais de 1.200 demonstrações dinâmicas de 2.500 marcas diferentes, 15 mil vagas de estacionamento,tudo isso em área superior a 240 hectares, sendo que só a parte dinâmica da feira ocupa 200 hectares.

A organização da feira preferiu não revelar a expectativa de volume de negócios, principalmente por causa da crise por que passa a agricultura voltada à produção de grãos, sobretudo soja e milho. No ano passado, os negócios da feira movimentaram R$ 760 milhões.

EXPECTATIVA

Para os fabricantes, a expectativa com a cana também é grande. Na John Deere, que fabrica equipamentos tanto para grãos quanto para cana, café e laranja, o faturamento com equipamentos para grãos deve ficar em segundo plano, segundo o gerente-regional de Vendas, José Luís Coelho. A cana deve representar 70% dos nossos negócios na feira, calcula.

Mesmo assim, o setor de grãos não entrega os pontos e aposta em equipamentos mais básicos e que permitem maior economia de insumos, principalmente combustível, para atrair um agricultor descapitalizado pela crise dos grãos, acenando inclusive com facilidades na hora de contratar financiamentos.

Magalhães, do Sistema Agrishow, destaca, ainda, a maior visita dos pequenos produtores à mostra, que deve superar, este ano, 25 mil pessoas, ante 20 mil do ano passado.

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