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Cana de usina cearense serve de alimento para gado em Pernambuco

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Em 2004, o setor sucroenergético nordestino acompanhou o fechar das portas de mais uma usina de cana-de-açúcar. Trata-se da unidade Manoel Costa Filho, localizada em Barbalha, no Ceará, a 553 km de Fortaleza.

A usina acabou sendo adquirida pelo Governo Estadual , por meio da Adece – Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará, por cerca de R$ 15 milhões. Contudo, imbróglios com acionistas não permitiram a posse dos compradores, fato que, de acordo com informações da Unida – União Nordestina dos Produtores de Cana-de-Açúcar, está prestes a acontecer.

Para evitar que o desestimulo dos produtores locais fosse ainda maior, um acordo com o Governo Estadual possibilitou que os trabalhadores da região fornecessem a matéria-prima para o programa de alimentação animal, integrante das ações de combate à seca na região. “Os produtores independentes que forneciam para os engenhos de rapadura e também para pequenas destilarias de cachaça estão trabalhando desta maneira. O programa tem estimulado os produtores da região e socorrido o rebanho da bacia leiteira das cidades pernambucanas de Bodoco, Ouricuri, Exu e Granito”, explica Alexandre Andrade Lima, presidente da Unida.

Em relação ao futuro, Lima, que também preside a AFCP – Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, explica que tem trabalhado para que a unidade volte a operar. “Nossa perspectiva, assim como a dos produtores locais, é que a usina cearense volte a funcionar. Em junho de 2013, a Unida apresentou ao governador Cid Gomes uma proposta de viabilidade econômica para que a usina voltasse a funcionar, a começar pela forma com que deveria ser efetuada sua compra, através de um leilão na Justiça do Trabalho. Desta maneira, quem adquirisse a usina não levaria um passivo na época de R$ 126 milhões, o que inviabilizaria o retorno do seu funcionamento. A proposta foi acatada pelo governador, que autorizou o secretário estadual de Agricultura, Nelson Martins, com o apoio da Unida, a realizar os encaminhamentos”.

Por três décadas, a usina foi responsável por 4 mil empregos diretos e indiretos, sendo 500 deles na usina. Ao todo, a região conta com mais de 8.500 hectares, grande parte inativa desde o fechamento da usina.

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