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Cana-de-açúcar sustentou geração de empregos em fevereiro, diz Ciesp

O setor sucroalcooleiro ganha cada vez mais importância na geração de empregos na indústria paulista#. No mês de fevereiro, juntamente com o setor de máquinas e equipamentos, foi o principal responsável pelo aumento no número de vagas nas três regionais com melhor desempenho, segundo levantamento divulgado hoje pela Confederação das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Mais do que isso, das dez áreas com maior aumento do emprego, seis estão na região produtora de cana-de-açúcar do estado.

Nas três líderes do ranking do emprego industrial de fevereiro, Sertãozinho, Rio Claro e São Carlos, segundo a Ciesp, mesmo o aumento no número de vagas nas indústrias fabricantes de máquinas e equipamentos está ligado à expansão da atividade sucroalcooleira, já que a produção dessas empresas é para atender a demanda de plantadores de cana-de-açúcar e usineiros.

Apenas em fevereiro, houve um aumento de 1,72% no emprego no setor de máquinas e equipamentos e de 1,83% no de produtos alimentares. Em ambos os casos, predominou a influência do setor sucroalcooleiro, segundo a Ciesp.

“A indústria do açúcar e do álcool está passando por uma rápida e profunda transformação no Brasil e especialmente em São Paulo”, disse o economista-chefe da Ciesp, Carlos Cavalcante. A grande maioria dos postos de trabalho criados no estado, diz ele, é fruto da atividade sucroalcooleira.

Mesmo a sazonalidade desses empregos, ditada pelo curso da safra, deve ser relativizado, já que muitas vagas estão sendo – e serão – criadas para atender a maior demanda por álcool, num reflexo direto da expansão do uso de biocombustíveis.

Com uma perspectiva de o Brasil inaugurar uma usina de processamento de cana-de-açúcar por mês até o início da próxima década, o economista-chefe afirma que haverá a criação de mais vagas permanentes no setor, além das temporárias.

No caso da indústria de máquinas e equipamentos, além do impulso vindo do setor sucroalcooleiro, a expansão também se explica pela melhora nas condições do agronegócio no país. “A agroindústria passou por três anos muito ruins, descapitalizada, enfrentando baixos preços de commodities e um câmbio desfavorável”, diz o diretor do departamento de economia da Ciesp, Boris Tabacof. “Mas há sinais importantes de recuperação”, e isso, diz, se reflete no setor de máquinas, com as fabricantes de equipamentos agrícolas pesados saindo de uma situação difícil que já durava quase cinco anos.

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