Um estudo feito recentemente pelo SIAMIG aponta prejuízo de R$ 46 milhões com as lavouras incendiadas criminosamente. As 36 usinas que produzem cana-de-açúcar em MG têm arcado com esses prejuízos. Eles se intensificam, principalmente, no período de julho a agosto. O problema afeta bastante outros estados produtores. Em Goiás, por exemplo, o Corpo de Bombeiros combateu de janeiro a agosto deste ano, 5.417 incêndios. Foram 5.267 em vegetação e 150 em culturas agrícolas, alguns deles em canaviais.
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Muitos desses focos de incêndio, praticamente a maioria, são criminosos. Ou seja, foram incêndios provocados por ação humana. Além de problemas ao meio-ambiente e à saúde humana, os incêndios devastam a cana que será colhida. Além disso, prejudicam a lavoura que está em processo de crescimento e brotação, já que a palhada que fica no solo também queima.
De que forma os incêndios prejudicam a lavoura de cana?
Usinas da região Centro-Sul se preocupam devido à seca que pode chegar no final dessa safra. Isso porque o fenômeno climático contribui para geração de incêndios. Avaliando os danos, de acordo com a Raízen, de forma geral, as áreas atingidas por incêndios apresentam uma perda de massa de cana (toneladas) da ordem de 15%. Isso gera uma necessidade de 1,3 a 2,3 R$/tc de custo para repor a biomassa perdida.
Fogo também atinge a palha. Quais são os prejuízos?
Levando esses fatores em conta, a estimativa da companhia é de um prejuízo na ordem de R$ 25/toneladas de cana queimada. Na última safra, o valor do impacto na Raízen em função da perda de cana gerada pelos incêndios agrícolas superou os R$ 40 mm. Além disso, também há danos na palha da cana, que representa cerca de 15% do peso dos colmos da cana madura, ou 12% quando seca. Com os prejuízos avaliados, surge à questão:
Como fazer o manejo em lavouras incendiadas?
Uma das respostas passa pelo manejo biológico e sustentável. Já que ele inclui bioestimulantes, biofertilizantes, compostos microbiológicos, como fixadores de nitrogênio, bactérias e extratos de algas, cuja função é restaurar a microbiologia e aumentar a fertilidade do solo. Mas não basta saber somente o que usar e, sim, como usar.
Então, para proporcionar um benchmarking também nesse sentido, o primeiro painel da 2ª Maratona CANABIO que acontece na segunda-feira, 5/10, às 19h, terá como tema: Principais Estratégias de Manejo Biológico & Sustentável em Cana-de-açúcar. Esse painel conta com a presença de um especialista sobre canaviais incendiados, que é Gaspar Korndörfer, professor da UFU e produtor de cana. Além de outros mestres quando o assunto é manejo biológico e sustentável.
Visando ampliar ainda mais o benchmarking e a profusão de estratégias e técnicas da área, a 2ª Maratona CANABIO de Manejo Biológico e Sustentável em Cana-de-Açúcar se estende ao longo da semana de 05 a 09 de outubro.
Serão 5 webinares diários, de segunda à sexta-feira da semana que se inicia, sempre às 19h, com conteúdo técnico, exclusivo e gratuito. O evento online conta com apresentações de mais de 20 palestras de especialistas, produtores de cana e executivos de usinas.
Veja o programa completo:
05/10 – Principais Estratégias de Manejo Biológico & Sustentável em Cana-de-açúcar
- Gaspar Korndörfer, Professor da UFU e produtor de cana
- Gerson Marquesi, gerente de Cana-de-açúcar da Agrivalle
- Matheus Malavazzi, gerente agrícola do Grupo Colombo
- Thiago Quintino, gerente de Desenvolvimento Agronômico da BP Bunge Bioenergia
06/10 – Cana 4.0 – A Transformação Digital Puxando a Produtividade da Cana-de-açúcar
- Carlos Daniel Berro Filho, diretor Agrícola da Biosev
- Gustavo Abrão, RTV Especialista Climate FieldView
- Rogério do Nascimento, gerente de Tecnologia Agrícola da Atvos
- Saulo Delgado, gerente Corporativo de Planejamento Agrícola e Geotecnologia da BP Bunge Bioenergia
07/10 – Controle Biológico & Manejo Integrado de Pragas
- Akira Otsuki, consultor técnico na Planeta Verde
- Gustavo Herrmann, diretor da Koppert
- José Francisco Garcia, diretor da Global Cana
- Thiago de Paula, especialista em Fitotecnia e Qualidade Corporativo da BP Bunge Bioenergia
08/10 – Fertilidade & Microbiologia do Solo
- Alan Pavani, gerente de Marketing da Microgeo
- Gustavo Britos, OTISA – Paraguai
- Luiz Carlos Jatobá, gerente agrícola da Usina Petribú
- Ugo da Silva, gestor de processos agrícolas da Usina Santo Ângelo
09/10 – Inovações em Nutrição & Maturação Vegetal + Foliar
- José Cristóvão, gerente agrícola da Ferrari Agroindustrial
- Leonardo Novaes, gerente Agrícola da Raízen – Araraquara
- Roberto Malimpence, consultor da Baraúna
- Rodrigo Corrêa, diretor agrícola da Usina Lins
Como se inscrever?
Para participar gratuitamente através de um ambiente virtual criado exclusivamente para o evento, acesse: www.canabio.com.br