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Caminhão leva 6 horas para rodar 270 km e chegar ao Porto de Santos

Um comboio de três caminhões carregados com 30 toneladas de açúcar, cada um, saiu às 6 horas da manhã de ontem de Araraquara para o Porto de Santos. Já acostumados com os congestionamentos na Avenida dos Bandeirantes – trecho de 8 quilômetros que cruza a capital paulista rumo à Baixada Santista -, os motoristas programavam a chegada para as 11 horas da manhã. É um absurdo levarmos quase 6 horas para rodar 270 quilômetros, diz William Almeida, de 30 anos, 9 deles nas estradas do País.

Ontem, porém, o tempo calculado pelos motoristas até o destino teve de ser dilatado ainda mais. Ao chegar à cidade de São Paulo, além do congestionamento, o motorista Ocimar Antônio de Freitas, de 37 anos, descobriu que uma roda do veículo havia quebrado. Culpa da maldita buraqueira. Às 11 horas, os três caminhões pararam na pista direita.

Técnicos do Centro de Engenharia de Tráfego (CET) acionaram guinchos, mas o tamanho dos veículos não permitiu removê-los do local. Foram necessárias 3 horas e muito esforço do trio de caminhoneiros e dos técnicos da CET para trocar a roda. Às 14 horas, seguiram à Baixada Santista, deixando um rastro de quilômetros de (mais) congestionamentos na Avenida dos Bandeirantes. A via é a principal ligação entre a Marginal Pinheiros e as Rodovias Anchieta e Imigrantes, que levam ao Porto de Santos, responsável por 26% do comércio exterior do País. Todas as carretas que entram e saem de São Paulo passam por aqui, diz o técnico de tráfego da CET Wander Costa.

Um caminhão parado em qualquer das vias provoca de 6 a 7 quilômetros de lentidão. Já é a segunda ocorrência do dia por aqui, diz o técnico de tráfego Otávio Ferrari Neto. Segundo ele, além dos veículos quebrados, as más condições do asfalto colaboram para os engarrafamentos. O asfalto está totalmente ondulado por causa do excesso de peso, o que prejudica o tráfego e estraga os caminhões.

Para os caminhoneiros, resta enfrentar outras horas de congestionamento na volta para casa. No fim da tarde, atravessar os pouco mais de 8 quilômetros da avenida pode levar até 3 horas. No domingo, fiz o mesmo trecho em apenas 20 minutos, conta Almeida, resignado, antes de seguir viagem.

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