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Câmbio entra no radar da OMC

Em atitude inédita, a Organização Mundial do Comércio (OMC) reconheceu em um documento que as oscilações de curto prazo nas taxas de câmbio afetam os fluxos do comércio internacional, dependendo do país ou empresa. A constatação, mesmo com nuances, confere legitimidade à preocupação do Brasil com os desalinhamentos cambiais, que fizeram o país levar o tema à entidade.

Em uma fase posterior, o Brasil poderá tomar a iniciativa de propor que se examine o que fazer concretamente. A expectativa brasileira é tentar convencer gradualmente os outros membros da OMC a negociar regras para um país aumentar tarifas de importação a fim de compensar o câmbio desvalorizado dos parceiros.

O secretariado da OMC examinou mais de 40 estudos internacionais. No levantamento, 19 deles apontam efeito negativo do câmbio sobre o comércio, 14 indicam pouco ou nenhum impacto e 6 afirmam que o impacto é positivo para os fluxos internacionais.

O documento de 32 páginas quebra um tabu, já que, até recentemente, o câmbio era totalmente ignorado na OMC. Ele será discutido pelos países em reunião no dia 24 de outubro, em meio aos temores de recessão global e tensão sobre manipulação cambial.

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