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Câmbio e cana prejudicam resultado global da Bunge

A Bunge, uma das maiores processadoras de soja do mundo e maior exportadora do agronegócio no Brasil, registrou resultados piores em quase todas as suas áreas de negócios no terceiro trimestre de 2011, exceto em fertilizantes.

Em comunicado, a multinacional americana informou que seu lucro líquido global recuou 34% em relação a igual intervalo de 2010, para US$ 140 milhões, reflexo de perdas cambiais de US$ 127 milhões e margens menores. As vendas líquidas aumentaram 10% na mesma comparação, para US$ 38,035 bilhões.

Segundo o brasileiro Alberto Weisser, CEO e chairman da companhia, o terceiro trimestre foi um período “particularmente volátil, onde o gerenciamento de risco dos segmentos de agronegócios e bioenergia e açúcar foram desafiadores”.

Segundo ele, o volume menor de moagem de cana no Brasil devido ao contínuo impacto da seca também pesou nos resultados da empresa. A divisão de açúcar e bioenergia registrou perda de US$ 43 milhões no trimestre, ante ganhos de US$ 34 milhões entre julho e setembro do ano passado.

“Ao mesmo tempo em que o ambiente macroeconômico apresenta incertezas, há razões para esperar resiliência nos negócios”, disse Weisser. Ele lembrou, por exemplo, que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) prevê aumento nas demandas globais de farelo e óleo de soja, vitais nos negócios do grupo. “Também prevemos uma performance melhor do segmento de açúcar e bioenergia em 2012 (…) Os preços de etanol e açúcar no Brasil seguem altos por causa das incertezas em relação à safra no Centro-Sul”.

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