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Calendário de ações para o setor de etanol sairá em 30 dias, diz Lobão

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje que a reunião do governo com o setor sucroalcooleiro terminou sem decisões práticas para o setor. Ao deixar o encontro, o ministro afirmou que apenas foi discutido o cronograma de ações para o setor de etanol exigido pela presidente da República, Dilma Rousseff, nas últimas semanas.

“Dentro de 30 dias teremos um calendário estabelecido para o futuro próximo”, informou o ministro ao deixar a sede o Ministério da Fazenda. Há uma semana, Lobão disse, em visita ao campo de Peregrino, na Bacia de Campos (RJ), que o governo iria preparar um plano, a ser apresentado em dez dias à presidente.

Mantendo o tom das últimas declarações dadas sobre o tema, Lobão reiterou o compromisso do governo em conter a elevação de preço do etanol nas bom bas de combustível.

“Nós não desejamos ter a surpresa desagradável nos próximos anos. E para isso, estamos tomando providências com um ano de antecedência. É a responsabilidade que o governo tem de manter o país abastecido sem os sobressaltos de custos elevados, ainda que por um período curto de tempo”.

Lobão não deu qualquer sinalização de resposta ao pedido da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de ampliar os recursos e as condições para financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltados para estocagem do etanol, conhecido por “warrantagem”.

O órgão chegou a enviar um ofício endereçado ao Ministério da Fazenda solicitando agilidade na abertura de créditos sob as novas condições, tendo em vista que a safra 2011/2012 já começou.

“O Ministério da Fazenda está examinando esta propositura da ANP que não será a única”, afirmou Lobão. Ao ser perguntado sobre a possibilidade de sobr etaxar a exportação de açúcar, ele disse que “se isto for necessário, será feito”.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e os representantes de entidade do setor quiseram falar sobre o encontro. O ministro Guido Mantega (Fazenda), que convocou a reunião, não participou por estar reunido com Dilma, no Palácio do Planalto.

(Rafael Bitencourt | Valor)

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