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Calderón visita Brasil mirando biocombustíveis e aumento no comércio

O presidente do México, Felipe Calderón, iniciará amanhã uma visita oficial de três dias ao Brasil na qual buscará assistência brasileira para desenvolver um programa de biocombustíveis em seu país, assim como promover o aumento do comércio entre as duas maiores economias da América Latina.

Calderón, que na próxima segunda-feira se reunirá em Brasília com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, iniciará sua visita no sábado por São Paulo, onde se encontrará com empresários brasileiros e mexicanos e no domingo conhecerá os laboratórios onde a Petrobras realiza pesquisas sobre biocombustíveis.

O Brasil será a última escala na viagem de Calderón pela América do Sul, onde visitou Colômbia e Uruguai esta semana.

O chefe de Estado do México pretende assinar no Brasil um acordo de assistência energética que permitirá a transferência da tecnologia e a experiê! ncia que os brasileiros já acumularam na produção de biocombustíveis.

México considera este acordo estratégico diante da redução de sua produção petrolífera, a instabilidade do mercado de petróleos e a necessidade de reduzir as emissões dos gases que provocam o efeito estufa.

Calderón também visitará uma usina piloto na qual a Petrobras produz etanol a partir de bagaço de cana-de-açúcar.

Além disso, manterá uma reunião com os principais produtores brasileiros de açúcar e etanol.

Após o encontro que terá no sábado com os integrantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e com o governador do estado, José Serra, o presidente mexicano se reunirá com os dirigentes da União da Indústria da cana-de-açúcar (Unica).

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de etanol de cana-de-açúcar. Além de ter começado a agregar biodiesel ao diesel mineral, tem cerca de quatro décadas de experiência na produção de biocombustíveis e a maioria ! dos veículos que produz já sai das fábricas adaptado para consumir indistintamente etanol ou gasolina.

O Governo brasileiro promove a produção de biocombustíveis em outros países, especialmente na América Central, e impulsiona a criação de um mercado mundial para o etanol e o biodiesel.

O acordo de assistência energética completará outros que já foram assinados pelos dois países para promover uma cooperação entre Petrobras e a estatal mexicana Pemex.

A empresa mexicana está interessada na grande experiência que tem a brasileira na produção de petróleo em águas profundas.

Nas reuniões que terá com empresários brasileiros em São Paulo, Calderón tentará promover um aumento do comércio entre os dois países, que vem crescendo e permitiu ao México diminuir seu histórico déficit frente ao Brasil.

Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento e Comércio do Brasil, as exportações brasileiras para o México se mantiveram praticamente estáveis nos últimos! quatro anos, já que aumentaram de $4,073 bilhões em 2005 para 4,281 bilhões em 2008.

No mesmo período, por outro lado, as exportações mexicanas para o Brasil saltaram de $843 milhões para $3,125 bilhões.

Calderón jantará domingo à noite com o presidente Lula e participará de uma reunião oficial com o presidente brasileiro e, depois, com ministros de ambos os países.

O presidente do México também se encontrará na segunda-feira com o presidente do Senado brasileiro, José Sarney, e da Câmara dos Deputados, Michel Temer, antes de retornar a seu país. EFE cm/fk

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