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Cai superávit do agronegócio, diz CNA

O superávit da balança comercial do agronegócio deve ser menor neste ano do que o registrado no período anterior. A razão da perda de vigor das remessas de produtos agrícolas ao exterior foi a valorização do real diante do dólar. Isso ocorre, apesar da receita cambial até julho já ter crescido 7,7%. Atingiu US$ 23,03 bilhões nos primeiros sete meses deste ano. O coordenador do Departamento de Comércio Exterior da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antonio Donizeti Beraldo, estima que o saldo positivo cairá 3,64% em 2006, para US$ 37 bilhões.

Segundo o coordenador do Departamento de Comércio Exterior da CNA, a expectativa é de que a velocidade das exportações diminuam 1,37% até o fim deste ano, ficando em torno dos US$ 43 bilhões. A previsão é que as importações deverão crescer 15,3%, chegando em US$ 6 bilhões. A quebra da safra do trigo, que não deverá passar de 3,5 milhões de toneladas para um consumo doméstico de 11 milhões de toneladas deverá contribuir para a redução do superávit da balança . A queda das vendas do agronegócio ao mercado externo será puxada pelo complexo soja – líder na pauta de exportação do setor – cujas vendas passarão de US$ 9,5 bilhões, no ano passado, para US$ 9,3 bilhões, segundo projeção feita pela CNA.

Nos primeiros sete meses do ano, as exportações do complexo soja aumentaram 4,2%, de US$ 5,449 bilhões, no mesmo período do ano passado, para US$ 5,677 bilhões. Já as vendas externas do complexo carne – segundo item da pauta de exportação do agronegócio – devem se manter em US$ 8 bilhões, enquanto os embarques de açúcar e álcool – que hoje estão em terceiro lugar no ranking – devem somar até US$ 7 bilhões, ante os US$ 4,87 bilhões no ano passado.

Se a demanda internacional continuar forte por açúcar e álcool, Beraldo disse ser possível que nos próximos dois anos as exportações destes dois produtos ultrapassem as do complexo carne. De acordo com ele, o crescimento das vendas externas de açúcar e álcool é reflexo do aumento dos preços no mercado internacional. Em média, os preços subiram 60,5% nos primeiros sete meses do ano na comparação com o mesmo período do ano passado.

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