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Cacau chega ao maior nível no mês

Compras deflagradas pela desvalorização do dólar afetaram o mercado. Os contratos futuros do cacau registraram alta ontem na Câmara do Comércio de Nova York, alcançando seu maior nível em quatro semanas à medida que os especuladores e os fundos aqueceram o mercado com uma onda de compras deflagrada pela desvalorização do dólar americano. O contrato para entrega em maio foi cotado a US$ 1.580 a tonelada, alta de 3,2% ante ao pregão anterior.

“O cacau e o açúcar estão desfrutando de uma recuperação do dólar fraco”, disse James Cordier, presidente e trader-chefe da Liberty Trading Group, na Flórida.

Permanece, contudo, a dúvida se os produtores venderão cacau a esses níveis mais elevados e quanto restará para comercializar. “Os produtores desistiram quando o dólar estava em alta (e os contratos a futuros do cacau em baixa) e agora são confrontados com uma recuperação”, disse Cordier. Ele acredita que os fundos e os especuladores passarão a comprar e a bolsa será ditada pela Costa do Marfim e pela venda direta do produtor.

Em Londres, o contrato foi cotado a £ 866 a tonelada, variação de 1,4% ante ao dia anterior. Segundo analistas, a alta foi sustentada pela compra de fundos e pela venda a descoberto, em decorrência da preocupação a cerca da safra de cacau da África Ocidental. Açúcar

Ontem foi um dia de cotação recorde também para o açúcar. O contrato de 11 de maio foi cotado a 9,58 centavos de dólar a libra-peso, variação de 3,1% ante ao pregão do dia anterior. Segundo Michael McDougall, do corretora Fimat, a grande demanda pelo produto provocou um volume recorde de lotes na bolsa ontem, com 142 mil contratos – 7,2 milhões de toneladas de açúcar. No último mês, a Índia adquiriu entre 500 a 700 mil toneladas de açúcar e o Paquistão, 100 mil toneladas.

Suco

Os futuros de suco de laranja registraram alta de 2,5% ontem para o contrato com entrega em março. O produto foi cotado a 83,05 centavos de dólar por libra-peso, depois de compras comerciais. Foi o preço mais alto que o contrato havia alcançado em cinco pregões e trouxe estímulo aos otimistas do mercado. “Acho que ainda submeteremos a teste os 85 centavos nesta semana”, disse Cordier.

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