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Busca pela mesma eficiência da cana

Coordenador executivo do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais, Marcos Aurélio Vasconcelos de Freitas falou, na conferência, sobre o impacto ambiental dos biocombustíveis. Para tal, lembrou sua participação na delegação brasileira no Painel Intergovernamental de Mudanças Globais, em 2008, na Alemanha. Ele participou da delegação brasileira representando o setor de hidroeletricidade. Na reunião, foi elaborada a prévia de um documento com diretrizes para as energias renováveis, levando-se em conta a biodiversidade, os recursos naturais e a população.

Freitas destacou a necessidade de definição de uma matriz produtiva que pode vir a ser o pinhão manso. Mas não ainda.

– O pinhão manso não é manso e precisa de tempo para ser domesticado. Por ter sido produzido apenas em pequena escala, ainda não se sabe sobre seu impacto em grandes áreas.

Ele lembrou que a palma (dendê) é ! bastante presente em diversas partes do mundo e vem sendo sub-aproveitada no Brasil (apenas 100 mil hectares no Estado do Pará). A ampliação desta área em sete vezes supriria toda a necessidade de diesel da Amazônia, e com relativo baixo impacto ambiental, já que equivale à área desmatada anualmente na região. O especialista defende um maior uso das áreas já degradadas pelo desmatamento.

Especificamente sobre a Amazônia, o palestrante disse que a soja e o sebo bovino não seriam matrizes de biodiesel defensáveis internacionalmente, pela forte ligação dos mesmos com degradação da floresta.

As plantas definidas como matrizes do biodiesel em larga escala, seja a palma, o pinhão manso ou outras, precisarão buscar a mesma eficiência que hoje tem a cana-de-açúcar, contando a produtividade da biomassa (utilizada no sistema elétrico), que, no caso do etanol, chega a ser mais eficiente que a dos próprios óleos originados da matéria prima. Ele explicou também que o aumento percent! ual das misturas de biodiesel nos veículos deve ser feito com prudência, já que vai requerer estudos prévios quanto à durabilidade dos motores.

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