A multinacional americana Bunge registrou um lucro líquido de US$ 263 milhões no primeiro trimestre deste ano (encerrado em 31 de março), o que representa uma reversão do quadro no mesmo período do ano passado, quando a trading teve um prejuízo líquido de US$ 27 milhões.
Apesar do avanço no lucro, as vendas totais de empresa caíram 19,7% no período e ficaram em US$ 10,81 bilhões.
O Ebit (lucro antes de juros e tributos na sigla em inglês) ficou em US$ 373 milhões ante US$ 298 milhões um ano antes.
Em comentário sobre os resultados financeiros, o CEO da Bunge, Soren Schroder, declarou que o início do ano foi positivo para o setor de agronegócio como um todo e também houve um avanço no segmento de açúcar e bioenergia. “Nossas operações de agronegócios na América do Norte, Europa e Brasil tiveram um bom desempenho, aproveitando as forte margens de esmagamento de soja e execução de programas de exportação de oleaginosas. A divisão de alimentos e ingredientes continuou a fazer progressos com os seus programas de excelência comerciais e operacionais, em grande parte compensando os impactos da desvalorização de outras moedas (em relação ao dólar) e da desaceleração econômica de determinados mercados”, disse.
As vendas líquidas da divisão de agronegócios somaram US$ 7,91 bilhões no primeiro trimestre deste ano, 21,6% menos que no mesmo período do ano passado. Na divisão de produtos de óleo houve uma retração de 14,5% na comparação anual, para US$ 1,65 bilhão.
O segmento de moagem somou vendas líquidas de US$ 446 milhões ante US$ 535 milhoes um ano antes. Já a divisão de açúcar e bioenergia registrou vendas de US$ 747 milhões 11,5% menos que no primeiro trimestre de 2014. Por fim, a divisão de fertilizantes da Bunge teve vendas líquidas de US$ 54 milhões no período ante US$ 61 milhões um ano antes.
“Olhando para o futuro, a demanda permanece sólida. As safras de soja na América do Sul são historicamente grandes, o que se alinha a nossa estratégia, e grande parte dos agricultores da região ainda têm que fixar o preço de parte da colheita. No Hemisfério Norte também é esperado um avanço na área de plantio, o que indica grandes volumes de esmagamento no fim do ano”, disse Schroder.
(Fonte: Valor Econômico)