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Bunge está perto de comprar o Grupo Moema

A pós quase um ano de negociações, o anúncio da venda do Grupo Moema, ou de parte da companhia, para a Bunge, um dos maiores grupos de agronegócio do mundo, será feito até o final de janeiro de 2010. Segundo informações passadas por fontes do grupo sucroalcooleiro, o prazo foi dado pela própria multinacional aos acionistas da Moema.

Um acordo com a Moemapar, que concentra participações do Grupo Moema em seis usinas, já estaria fechado. Acionistas de outras três usinas também já assinaram com a Bunge, mas pendências ainda se arrastam nas negociações de outras duas usinas do conglomerado, a Vertente e a Itapagipe, que emperram o ponto final da negociação. O valor estimado pelo mercado é de US$ 100 a US$ 105 por tonelada de cana. Se a Bunge conseguir fechar a operação com todas as seis usinas, o negócio pode a! tingir US$ 1,35 bilhão.

A Moemapar é a holding cujo controle é dividido entre os empresários Maurílio Biagi Filho, Eduardo Diniz Junqueira e ainda filhos de Armando Junqueira. É a maior acionista do Grupo Moema, considerando as seis usinas como um todo. Segundo as fontes, a Bunge já teria fechado a compra da usina Moema, em Orindiúva (SP) sede do grupo e a única planta controlada 100% pela Moemapar.

A Bunge também teria acertado ainda a aquisição de outras três usinas das quais a Moemapar tem parte do controle. São elas a Frutal, no Triângulo Mineiro, cujo controle tem 56% da Moemapar e 44% de minoritários; a Ouroeste, na cidade paulista, dividida igualitariamente entre a holding e o grupo Arakaki, e a Guariroba, em Pontes Gestal (SP).

A Guariroba tem 40% do controle da Moemapar, 30% da Agropecuária CFM e 30% da Humus Agrícola. A Humus também tem 50% de participação da Usina Vertente, em Guaraci (SP). Os outros 50% estão nas mãos da Moemapar. No caso da Vertent! e, as negociações estariam emperradas porque o outro acionista pode exercer o direito de compra. A expectativa é, contudo, de que as divergências seriam acertadas com uma nova proposta financeira.

Outra usina do Grupo Moema que ainda está em negociação é a Itapagipe, na cidade homônima de Minas Gerais. O controle da Itapagipe é dividido entre a Moemapar (43,75%), a Cargill (43,75%) e minoritários.

Com a aquisição integral do Grupo Moema, a Bunge passará a ter uma moagem de 16 milhões de toneladas de cana já a partir da próxima safra.

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