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Brasil vende até abril quase 90% do álcool exportado em 2003

O Brasil exportou, no primeiro quadrimestre de 2004, 87% do volume de álcool comercializado durante todo o ano de 2003. De acordo com boletim divulgado nesta segunda-feira (7/6) pela consultoria Datagro, já foram embarcados 304,5 milhões de litros de álcool entre janeiro e abril deste ano, ante 351 milhões de litros registrados durante o ano passado.

“Na safra 2004/2005, a exportação brasileira de álcool deve atingir 1,5 bilhão de litros, dos quais 950 milhões de litros pela região Centro-Sul, e 550 milhões de litros pelo Norte-Nordeste”, afirma Plínio Nastari, diretor da Datagro. Pelos critérios da indústria sucro-alcooleira, a safra no Centro-Sul (que engloba as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste) começa em 1º de maio e vai até 30 de abril. Na região Norte-Nordeste, começa em 1º de setembro e segue até 31 de agosto.

As exportações de álcool pela região Centro-Sul atingiram 577,88 milhões de litros na safra 2003/2004, já encerrada, ou 46,51% acima do comercializado na safra anterior. Na região Norte-Nordeste, onde a safra 2003/2004 ainda não foi concluída, foram embarcados 312,29 milhões de litros de álcool de 1º de setembro de 2003 a 30 de abril de 2004. Durante toda a safra anterior, as exportações de álcool pela região Norte-Nordeste haviam atingido 277,92 milhões de litros.

Entre as razões apontadas por Nastari para o forte incremento das vendas externas estão as exportações diretas para os EUA, devido a aumento do preço da gasolina, “mesmo pagando-se o quase proibitivo imposto de importação”, afirma. Também pesaram as vendas para o Caribe, onde o álcool brasileiro é processado e revendido aos EUA com isenção do imposto de importação, e o fornecimento para Europa, Índia, Coréia e Japão.

Nastari também aponta a possibilidade de o Brasil se beneficiar da incapacidade da Tailândia estruturar-se como fornecedora preferencial da China. “A China pretende utilizar álcool combustível como uma das estratégias para conter a crescente poluição urbana, e o suprimento vindo da Tailância para aquele país não está se materializando. Há assim a perspectiva real de exportações significativas do Brasil para a China.”

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