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Brasil vende álcool à Ásia Oriental

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou a assinatura de contrato de fornecimento de 300 mil litros de etanol á Tailândia. Este foi o primeiro negocio fechado com a Ásia Oriental e mostra o efetivo interesse de paises asiáticos na compra de bicombustiveis para atender às exigências do Protocolo de Kioto.

A venda resultou de apresentação feita pelo ministro Roberto Rodrigues, em Bangkok, sobre a experiência e a tecnologia desenvolvida pelo Brasil na área de bicombustiveis, durante a Conferencia sobre Etanol e Biodiesel no Asean + 3. o evento reuniu ministros de Energia, dos dez paises da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), além da China, Japão e Coréia.

Preocupado com o compromisso de redução da emissão de poluentes na atmosfera, o governo tailandês permitiu recentemente a adição de 5% de etanol a gasolina, informa Rodrigues. “Este contrato é ainda tímido, uma primeira experiência. Mas abre um enorme potencial para o Brasil nessa área”, diz. Segundo ele, o Brasil pode ganhar em três frentes: vender a tecnologia desenvolvida aqui para a produção de etanol; vender diretamente o etanol produzido pelas usinas brasileiras; e vender mais açúcar para esses paises, já que eles passarão a fabricar internamente parte do etanol para abastecer seu consumo. “A Tailândia, por exemplo, é um importante produtor de cana-de-açúcar, mas não tem mais para onde crescer”, lembra.

Em junho, durante visita oficial do primeiro-ministro da Tailândia, Thaksin Shinawatra, ao Brasil, foram iniciadas as discussões sobre a cooperação bilateral na área de etanol e do motor bi-combustivel. Segundo Rodrigues, os treze países do Asean + 3 são os mercados mais promissores para o mercado de etanol, biodiesel e motores de combustíveis flexíveis. Além da Tailândia, integram a Asean a Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos e Camboja.

Biodiesel

Durante o encontro na Tailândia, o ministro apresentou o painel “Lições a Aprender do Brasil – A experiência brasileira sobre o desenvolvimento do etanol, da plantação aos postos de combustíveis”. Na palestra, Rodrigues apresentou a proposta do Brasil para a criação de um programa oficial de apoio à produção e uso do etanol e de biodiesesl, tornando ambos produtos as principais commodities energéticas do futuro.

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