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Brasil torna-se potência agrícola, diz The New York Times

Além de ser um dos últimos locais do planeta onde ainda existem grandes áreas disponíveis para agricultura, as pesquisas da Embrapa tornaram possível quadruplicar a produção de soja, milho e algodão no Brasil, diz reportagem do The New York Times

EXAME Não é só a extensão das terras disponíveis que dão ao Brasil destaque mundial em exportações agropecuárias, diz reportagem do The New York Times deste domingo (12/12). Segundo o jornal americano, avanços na agronomia fizeram a produtividade superar a dos Estados Unidos e da Europa e levaram a uma explosão das exportações na última década.

A reportagem afirma que a agricultura agora é um negócio de 150 bilhões de dólares por ano no Brasil, representando mais de 40% das exportações do país. O país é o maior fornecedor mundial de frango, suco de laranja, açúcar, café e tabaco, e espera em breve adicionar a soja à lista. Para conquistar o topo dos rankings, o Brasil teria sido auxiliado também pelo mal da vaca louca na Europa e a gripe de aves na Ásia, observa o texto.

“O que está realmente promovendo esta revolução é que o Brasil descobriu como usar solos que sempre foram considerados pobres”, diz G. Edward Schuh, diretor do Centro para Política Econômica Internacional da Universidade de Minnesota. A descoberta de como tornar o solo altamente produtivo – quadruplicando a produção de soja, milho e algodão, entre outras culturas – veio de pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), diz a reportagem.

Diante da concorrência, alguns produtores americanos e europeus, sem a proteção dos subsídios condenados pela Organização Mundial do Comércio (OMC), já começam a comprar terras por aqui, conclui o The New York Times. O texto é assinado pelo jornalista Larry Rohter, quase expulso do Brasil por causa de reportagem de 9 de maio em que apontava hábitos etílicos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma preocupação nacional.

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