Brasil terá que moer 830 milhões de toneladas em cinco anos

Com os diversos problemas climáticos enfrentados nas últimas safras, chuvas em excesso, estiagem, geadas, canaviais envelhecidos, o setor luta para correr atrás dos prejuízos. Enquanto isso as vendas de veículos flex tendem a aumentar e o consumo pelo etanol, segue no mesmo ritmo. Arnaldo Corrêa, gestor de riscos e diretor da Archer Consulting, explica que o Brasil terá que moer, em cinco anos, pelo menos 830 milhões de toneladas, “pois ainda temos que considerar o mercado interno e externo de açúcar. Isso significa crescimento de 10,6% por ano, necessidade de 50 novas usinas e investimentos de US$ 40 bilhões”, conclui.

De acordo com estimativas da Archer Consulting, a frota de veículos leves no Brasil deverá alcançar 41,6 milhões de unidades até 2016, dos quais 65% serão flex. “Apenas para exemplificar o que o setor vai encarar, no médio prazo, vamos considerar que 45% dos proprietários de carros flex optem por etanol e que a mistura de álcool na gasolina caia para 18% nos próximos anos, o consumo de combustível, em 2016, será de 82,3 bilhões de litros, sendo 39,5 bilhões de etanol e 32,8% de gasolina”, explica.