Gestão Administrativa

Brasil segue atraindo investimento internacional no agronegócio

Usina Giasa, de Pedras de Fogo (PB), pertencente ao Grupo Biosev
Usina Giasa, de Pedras de Fogo (PB), pertencente ao Grupo Biosev

2012-07-16 Industria Cerradinho Bio Arte (1)

De acordo com o Rabobank, o agronegócio brasileiro segue atraindo o interesse e o investimento de empresas estrangeiras. Segundo dados consolidados pela instituição financeira, nada menos que 60% das transações de fusões e aquisições no país assessoradas e concluídas por esse banco em 2013 foram realizadas com participação de companhias internacionais, principalmente as norte-americanas ou asiáticas.

Em relação aos setores, 40% se referem a empresas de açúcar e etanol, 40% de grãos e 20% de proteína animal. Para o Rabobank, uma das razões que favorece o aumento nas transações com participação estrangeira é o bom modelo de negócio e profissionalização do setor, apesar das dificuldades logísticas e complexidade tributária.

“As empresas brasileiras evoluíram muito em controles e governança nos últimos 10 anos. Isso é resultado do forte crescimento, do aumento da complexidade e da competição nos diversos setores do agronegócio, além do amadurecimento do empresariado”, explica Rodolfo Hirsch, especialista em Mergers & Acquisitions do Rabobank.

Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), no ano passado, aproximadamente 50% das transações de M&A no agronegócio brasileiro contaram com o envolvimento de investidores estrangeiros (relativas a empresas de proteína animal, bebidas, insumos, lácteos, grãos, açúcar e etanol, alimentos e mídia agrícola). Esse número sobe para 70% só no primeiro semestre deste ano – referentes a empresas de grãos e açúcar e etanol e a companhias de insumos agrícolas e alimentos.

“O aquecimento pode ser visto nas diversas formas de aquisição e participação, pois ocorre em todos os setores do agronegócio e envolvem a entrada de players como tradings globais, sócios estratégicos e fundos de private equity. O segmento de fertilizantes líquidos, por exemplo, apresenta um crescimento expressivo. Mesmo sendo um nicho relativamente pequeno (apesar do alto investimento em tecnologia), ele vem atraindo muito o interesse de estratégicos e private equities”, aponta Hirsch.

Podem ser considerados também importantes motivos que refletem o crescimento do interesse internacional em empresas brasileiras: o desejo de estender a participação ao longo da cadeia de suprimento das principais commodities agrícolas, aumentar a diversificação geográfica, administrar o portfólio de commodities, assegurar canais proprietários de demanda e garantir o fornecimento de alimentos a longo prazo.

“Os grandes players internacionais veem ótimas oportunidades no crescimento constante do agronegócio brasileiro. O Rabobank conhece muito bem o setor, que continua atraindo investimentos de todos os continentes. O banco tem presença em 47 países, o que facilita ainda mais todo o nosso suporte de M&A para clientes de dentro e fora do Brasil, que estão otimistas com o mercado nacional”, analisa Mark Abrams, responsável pela área de Mergers & Acquisitions do Rabobank na América Latina.

(Fonte: Agrolink)

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