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Brasil pode ter mais de 13 mil megawatts de energia da cana, diz líder

O Brasil está um passo a frente quando se fala em sustentabilidade e fontes de energia limpa, já que o setor sucroenergético produz energia a partir do bagaço da cana e quer aumentar de 2% para 18% sua participação na matriz elétrica brasileira até 2020. A informação é do presidente da Biosul – Associação de Produtores de Bioenergia do Mato Grosso do Sul – Roberto Hollanda Filho, que ressalta que o Brasil pode ter mais de 13 mil megawatts de energia cana-de-açúcar, equivalente a três usinas de Belo Monte.

As indústrias de Mato Grosso do Sul exportaram em 2011, 1.100 giga watts hora (GWh) de eletricidade, número que corresponde ao abastecimento de quase a totalidade de residências de Mato Grosso do Sul. Os dados da Secretaria de Meio Ambiente, Planejamento e Tecnologia (Semac) mostram que os domicílios do Estado consumiram, em 2010, um total de 1.260 GWh. A estimativa é de que até o final de 2012, 1.300 GWh sejam somados ao sistema de eletricidade brasileiro. “Depois do ´apagão´, descobrir novas fontes de geração de eletricidade passou a ser uma preocupação para os brasileiros. A cogeração a partir do bagaço da cana é uma alternativa limpa e barata”, afirma Hollanda Filho.

A energia produzida a partir do bagaço da cana é nova no Estado. Em 2010, as indústrias cogeraram 660 GWh de energia elétrica. Em relação a 2011, a produção foi 67% maior e atingiu os 1.100 GWh. Para 2012, o crescimento será de 18% em relação ao ano passado e quase o dobro (97%) quando comparamos com 2010. O presidente da Biosul explica que conforme uma avaliação feita pelo Projeto Agora, que reúne entidades ligadas a produção de açúcar e etanol, uma tonelada de bagaço de cana pode gerar 300 KWh – o consumo médio de uma residência é de 154 KWh. Hoje, das 22 usinas de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul, oito fazem a cogeração de eletricidade a partir do bagaço.

Apesar dos números serem considerados positivos, a eletricidade a partir da biomassa ainda tem alguns entraves e adequações para ficar mais competitiva. “Se analisarmos que a energia eólica só é produzida em algumas regiões do Nordeste brasileiro, existe um custo logístico para que ela chegue até o Centro-Sul, por exemplo. Devem ser incentivados diferentes tipos de fontes renováveis e consideradas as externalidades de cada opção”, explica Hollanda.

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