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Brasil pode se tornar o principal fornecedor de biomassa do mundo

A ABIB (Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa) e a Brasil Biomassa e Energia Renovável concluíram o mapeamento de resíduos com potencial para fins energéticos por cada estado brasileiro. Além da identificação dos tipos de biomassa que podem se tornar combustíveis renováveis, o objetivo é estimar em que grau o país pode atender à demanda mundial por biomassa, principalmente por parte da Europa.

De acordo com o diretor da companhia, Celso Marcelo de Oliveira, países europeus, como Inglaterra, Alemanha, Suécia, Dinamarca e Holanda, vêem o Brasil como principal fornecedor em potencial de biomassa no mundo, já que, na África, a outra alternativa considerada, encontram dificuldades de fechar negócios, dada a instabilidade político-econômica do continente. “A Associação Europeia de Indústrias de Biomassa prevê que haja demanda de 80 milhões de t de biomassa para gerar energia industrial e residencial em 2020 e não há escala no mundo suficiente para dar conta disso”, conta Oliveira.

Atualmente, em Portugal, há 18 centrais a biomassa, mas apenas uma delas está funcionando em função da falta de abastecimento. Já na Inglaterra há 12 termelétricas que demandarão entre 12 e 15 milhões de toneladas de biomassa por ano e já encontram dificuldades de suprimento.

Outra finalidade do mapeamento é convencer empresários a aproveitar resíduos que, em muitos casos, são desperdiçados. Hoje, no Brasil, 18 tipos de resíduos, como aqueles derivados da cultura de milho, soja ou de babaçu – cujo potencial energético é da ordem de 5.200 kcal/t, mais do que o dos resíduos madeireiros, de 4.400 kcal/t – não são aproveitados. “Cerca de 25 mil famílias trabalham com babaçu no Maranhão, deixando de aproveitar resíduos que poderiam ser vendidos por mais de 100 euros por tonelada na Europa”, ressalta.

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