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Brasil moerá 692 milhões de toneladas de cana, diz Conab

As usinas e destilarias brasileiras deverão moer 692,02 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2009/10. A estimativa, divulgada na manhã de hoje (2) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), é 10% maior do que o volume processado no ano passado, que foi de 571,8 milhões de toneladas. De acordo com o superintendente do Agronegócio da Conab, Airton Camargo, o crescimento é atribuído à melhor distribuição de chuvas nas regiões produtoras e a ampliação dos canaviais.

Do volume total de cana colhida no Brasil, 280,46 milhões de toneladas (45% da colheita) deverão ser destinadas à produção de 734,5 milhões de sacas (50 kg) de açúcar. Já a fabricação prevista de 27,8 bilhões de litros de etanol deverá usar 55% da cana, o equivalente a 348,56 milhões de toneladas. O crescimento em relação aos 26,68 bilhões de litros da safra 2008/09 é de 4,2%.

O levantamento da Conab indica que a produção nacional de etanol anidro, que é misturado à gasolina na proporção de 25%, deverá alcançar 9,13 bilhões de litros ente ano, queda de 9,3% em relação ao ciclo 2008/09. Já a fabricação de etanol hidratado, usado nos veículos flexfuel ou movidos apenas a etanol, crescerá 12,41% este ano, alcançando 18,68 bilhões de litros.

Na região Centro-Sul, que processa quase 90% da cana do País, a Conab prevê moagem 11,8% maior, alcançando 565,6 milhões de toneladas, ante as 505,9 milhões da safra 2008/09. Deste volume, 245,8 milhões de toneladas deverão ser destinadas à produção 32,19 milhões de toneladas de açúcar, incremento de 18,9% em relação ao ciclo passado (27,07 milhões toneladas). Segundo Airton Camargo, o crescimento da produção de açúcar é atribuído aos preços mais remuneradores do produto.

Já a produção de etanol no Centro-Sul deverá alcançar 25,6 bilhões de litros, um aumento de 5,5% em relação aos 24,32 bilhões de litros fabricados na safra 2008/09.

Nas regiões Norte e Nordeste, o volume de cana processada deverá ser 3,7% menor nesta safra, caindo de 65,9 milhões de toneladas em 2008/09 para 63,4 milhões de toneladas no atual ciclo. A queda, segundo a Conab, fica por conta da redução de 0,8% da área plantada. Outro fator pode ser atribuído à queda de 2,9% de produtividade, por conta da redução dos investimentos em tratos culturais. “Efeitos da crise”, observou Camargo.

As usinas nordestinas deverão fabricar cerca de 4,54 milhões de toneladas de açúcar, praticamente o mesmo volume produzido no ano passado. Já as destilarias da região deverão alcançar a produção de 2,139 bilhões de litros de etanol, uma queda de 9,1% em relação ao ciclo 2008/09 quando foram produzidos 2,354 bilhões de litros do biocombustível.

São Paulo se mantém em destaque como principal estado produtor e deverá processar 364,1 milhões de toneladas de cana, crescimento de 6,2% em relação ao ciclo passado (342,9 milhões de toneladas). Deste volume, 169,75 milhões de toneladas (46,6%) serão destinadas à produção de 22,35 milhões de toneladas de açúcar. A fabricação prevista de 15,54 bilhões de litros de etanol deverá usar (53,4%) da cana colhida, o equivalente a 194,37 milhões de toneladas.

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