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Brasil exportou mais 39,1% de frutas frescas no ano passado

No ano passado, as exportações de frutas frescas do país renderam US$ 335,3 milhões, um aumento de 39,1% em comparação com 2002, quando somaram US$ 241 milhões. O superávit do setor chegou a US$ 267 milhões, contra US$ 157 milhões de 2002. Até 2010 a meta do Brasil é elevar as vendas externas para US$ 1 bilhão. Para isso, a cadeia produtiva da fruticultura e o governo vêm investindo em programas de sanidade, de modernização do processo de produção e de marketing internacional. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Agricultura.

Em volume, as exportações da fruticultura totalizaram 809 mil toneladas, o que representou um acréscimo de 21% sobre 2002, quando os embarques chegaram a 668,9 mil toneladas. Os principais destinos das frutas frescas brasileiras são os Países Baixos, Reino Unido, Argentina, Espanha, Estados Unidos, Uruguai, Portugal, Emirados Árabes, Alemanha e Canadá. O Brasil quer ampliar as vendas externas para os países asiáticos, Oriente Médio e Leste Europeu, entre outras regiões.

O setor emprega hoje mais de cinco milhões de pessoas e ocupa uma área de 3,4 milhões de hectares. Para cada US$ 10 mil investidos em fruticultura, é possível abrir três empregos diretos e dois indiretos. “Por seu potencial de geração emprego e renda, a fruticultura é estratégica para o país”, diz o técnico Saulo Gonzales, do Programa de Desenvolvimento da Fruta (Profruta) do Mapa. “A produção de frutas permite obter um faturamento bruto entre R$ 1 mil e R$ 20 mil por hectare”.

As exportações do setor foram puxadas por cinco produtos. A manga liderou o ranking, com vendas de US$ 73,4 milhões, o equivalente a 133,3 mil toneladas. Em comparação com 2002, esse resultado representa um acréscimo de 44% em divisas e de 29% em volume. Uvas, maçãs, melões, mamões e laranjas também tiveram importante desempenho na pauta de exportações de frutas.

Nos últimos três anos, a balança comercial do setor vem acumulando resultados positivos. “Em 2001, o superávit foi de US$ 113 milhões e pulou para US$ 157 milhões em 2002. Ou seja, houve um aumento de US$ 44 milhões”, ressaltou o gerente técnico da Central de Serviços de Exportações do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), Maurício Sá Ferraz. “Em 2003, com o saldo de US$ 267 milhões, a diferença em relação ao resultado de 2002 foi de US$ 110 milhões”.

Terceiro maior produtor mundial de frutas frescas, atrás da China e da Índia, o país produz cerca de 38 milhões de toneladas/ano. Apesar disso, as vendas externas correspondem a 1,6% em divisas e 2% em volume sobre as exportações mundiais do setor. No ranking do comércio exterior da cadeia produtiva, o Brasil ocupa o 20º lugar entre os exportadores, num mercado que movimenta cerca de US$ 21 bilhões/ano, representando um consumo de quase 40 milhões de toneladas.

Como o mercado interno absorve em torno de 21 milhões de toneladas anuais, o excedente exportável do Brasil é de 17 milhões de toneladas. “Isso nos possibilita ampliar em muito as nossas exportações, evitando desperdícios no setor e gerando mais emprego e renda, especialmente para a agricultura familiar”, reforça Gonzales. “Essa é uma atividade que requer mão-de-obra intensa e qualificada. Além disso, ela é fundamental para ajudar a fixar o homem no campo”.

No ano passado, o Conselho Agronegócio (Consagro) criou a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Fruticultura – órgão consultivo voltado à discussão de propostas de políticas públicas para o setor. A instituição da câmara é outra ação do governo que visa a fortalecer o segmento a fruticultura. (Fonte: Ministério da Agricultura)

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