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Brasil está no centro de oportunidades do setor sucroalcooleiro

O Brasil e os Estados Unidos deverão se manter como principais players no mercado internacional de álcool nos próximos anos. Hoje esses dois países respondem por 80% da produção mundial. A expectativa é de que outros países entrem neste mercado e nos próximos anos abocanhem um terço da produção mundial, segundo Christoph Berg, diretor da consultoria alemã F.O. Licht, que promoveu em São Paulo, nos dias 15 e 16 de março o seminário internacional de açúcar e álcool.

O álcool será a nova oportunidade para o setor sucroalcooleiro no futuro. A cooperação e aliança entre os países produtores de açúcar, independentemente da rivalidade neste setor, será importante para abertura deste mercado, de acordo com Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Câmara Setorial de Açúcar e do Álcool e consultor da Canaplan.

O acesso de novos mercados para açúcar está mais limitado, esbarrando em medidas de protecionismo. Nos Estados Unidos, o lobby dos congressistas americanos deverá impedir no médio e longo prazo uma abertura efetiva deste mercado, acredita Greg Harnish, diretor da consultoraia Informa Economics. Andrew Schmitz, professor da Universdade Flórida, lembrou que nos EUA estão os maiores lobistas de açúcar no mundo.

Na União Européia, o mercado açucareiro deve passar por uma reforma, cuja proposta deverá ser apresentada neste ano. O bloco europeu trabalha a passos lentos também na construção de um mercado efetivo para álcool combustível. Na Europa, os investimentos no mercado de álcool esbarram em um programa efetivo para álcool. A União Européia já possui diretrizes, que indicam a mistura de álcool ou biodiesel na gasolina e no diesel, em 2%, em um primeiro momento, e de 5,75%, em um segundo momento. Contudo, boa parte dos países do bloco europeu ainda não está preparada para implantar o programa,

informou Robert Vierhout, secretário-geral da Associação dos Produtores de Álcool Combustível, entidade ainda em formação. A exceção é a Suécia, que já implantou o uso do álcool combustível.

Para Josias Messias, presidente da Procana Informações e Eventos, o mercado sucroalcooleiro no curto prazo é de oportunidades, uma vez que há uma estabilização do quadro de oferta e demanda mundial. A grande pergunta, segundo Messias, é saber como os empresários brasileiros querem atuar neste mercado nos próximos cinco anos: como fornecedores em oportuniddades ou como agentes impulsionadores dessa mudança? Segundo Messias, há um ambiente perfeito para que o Brasil atue como agente construtor desse mercado, sobretudo de álcool. Na Europa, por exemplo, o avanço poderá ser não no açúcar, que esbarra em limitações protecionistas, mas na indenpendência energética do bloco, que precisa reduzir sua dependência do petróleo.

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